Centro de Triagem de Animais Silvestres realiza ação de educação ambiental em Santana do Deserto
Ação de conscientização orientou população para proteção de espécies e preparou a soltura de espécie ameaçada de extinção
O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Juiz de Fora (Cetas-JF), gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), promoveu, nesta quinta-feira (10/4), uma ação de educação ambiental no distrito de Sossego, em Santana do Deserto, na Zona da Mata.
A iniciativa teve como foco principal conscientizar a população local sobre a importância da soltura de um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), prevista para os próximos dias. O animal passou pelo processo de reabilitação no Projeto Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas) e está sendo monitorado por meio de um colar com tecnologia de telemetria satelital, que permite o rastreamento via sinais de posicionamento global (GPS) e de alta frequência (VHF).
A ação visou informar os moradores sobre o papel ecológico do lobo-guará – espécie ameaçada de extinção – e destacar a importância do apoio comunitário para o sucesso da readaptação do animal ao habitat natural. Durante o evento, os participantes também receberam esclarecimentos sobre o recente aumento no número de animais peçonhentos na região, e foram apresentados a propostas de futuras ações de educação ambiental em municípios vizinhos.
A atividade contou com cerca de 80 participantes, entre eles os prefeitos e secretários municipais de Santana do Deserto e Pequeri, representantes da Guarda Municipal de Juiz de Fora, integrantes e funcionários da Fazenda Santa Clara – parceira do Projeto ASAS – e moradores da região.
A equipe do Cetas-JF reforçou que o envolvimento da comunidade é essencial não apenas para a proteção do lobo-guará, mas também para o fortalecimento da consciência ambiental em toda a região. A analista ambiental e bióloga do IEF, Sarah Stutz Reis, conta que os participantes pela oportunidade de conhecerem mais sobre a importância de uma espécie tão bonita e tão ameaçada.
"A iniciativa contribuiu para aproximar a ação governamental da população, por meio da atuação do IEF e do Ibama. As pessoas ficaram felizes por poderem fazer parte de um projeto de conservação deste nível e pediram mais ações junto à comunidade, principalmente com as crianças em idade escolar e, com certeza, é o que vamos fazer", relata Sarah Stutz Reis.