Plano de manejo do Parque Estadual da Serra Negra da Mantiqueira é aprovado pelo Copam
Unidade de Conservação na Zona da Mata fortalece ações de proteção da biodiversidade e gestão ambiental
O plano de manejo do Parque Estadual da Serra Negra da Mantiqueira (PESNM) foi aprovado nesta terça-feira (22/4) pela Câmara de Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). A unidade de conservação, que ocupa 4.203,96 hectares na Zona da Mata mineira, abrange os municípios de Santa Bárbara do Monte Verde, Lima Duarte, Rio Preto e Olaria.
Gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), o parque é uma Unidade de Conservação de proteção integral, criada em 2018 com o objetivo de preservar remanescentes naturais da região e promover o uso sustentável para fins turísticos, culturais, científicos e educativos.
De acordo com a diretora de Unidades de Conservação do IEF, Letícia Horta, o plano de manejo é uma ferramenta fundamental para a efetiva gestão ambiental da unidade. “O documento estabelece diretrizes para a gestão e para o planejamento das atividades no parque, alinhadas aos seus objetivos de criação, à legislação vigente e às demandas sociais identificadas em um amplo processo participativo”, destaca.
A paisagem da Serra Negra da Mantiqueira reúne uma combinação única de altitudes elevadas, campos rupestres e florestas densas. Em Santa Bárbara do Monte Verde, a comunidade de Três Cruzes dá acesso a pontos acima dos 1.600 metros de altitude. A vegetação varia entre matas ciliares, brejos, arbustais nebulares e áreas com grande concentração de nascentes.
A biodiversidade é um dos destaques da unidade. Entre as espécies da flora estão orquídeas, bromélias, samambaias, musgos e liquens. Já a fauna inclui mamíferos como onça-parda, lobo-guará e jaguatirica, além de catetos, veados e primatas ameaçados de extinção. O parque abriga ainda centenas de espécies de aves, como o papagaio-de-peito-roxo e o urubu-rei, e anfíbios endêmicos, como o sapinhocuca e a perereca-cambuí.
A aprovação do plano de manejo representa um avanço na consolidação da gestão ambiental do parque e reforça o compromisso do Estado com a conservação da natureza em Minas Gerais.
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