Plotagens com temas infantis deixam ambiente mais lúdico e amenizam período de internação no Complexo de Urgência
Projeto desenvolvido no Hospital João Paulo II e na UTI pediátrica do João XXIII traz mais leveza à rotina das unidades e transforma experiência de pacientes
Iniciativas de humanização em hospitais são fundamentais para trazer acolhimento e conforto a pacientes e profissionais de saúde. Essas ações são estimuladas e reconhecidas como boas práticas e integram o rol de valores institucionais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Recentemente, as paredes do Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) e da UTI infantil do Hospital João XXIII (HJXXIII), do Complexo de Urgência da Fhemig, ganharam plotagens com personagens infantis. Foram investidos cerca de R$ 60 mil nessa ação, que tem como objetivo tornar o ambiente mais agradável para os pequenos pacientes e suas famílias.
"A resposta tem sido muito positiva. A humanização no atendimento e no ambiente torna o hospital um lugar menos assustador, especialmente para as crianças", explica Daniela Braighi, coordenadora do Núcleo de Ensino e Pesquisa, responsável pelo projeto.
Alessandra dos Santos Diniz, mãe do pequeno Vinícius, acompanha o tratamento do filho há cerca de três anos no hospital e destaca as mudanças no ambiente. ”Percebi que colocaram desenhos, imagens no teto, e ficou bem divertido”, conta.
Ela também pontua que a brinquedoteca e demais iniciativas de humanização são um diferencial no atendimento. “A interação com brinquedos, música e brincadeiras ajuda a descontrair as crianças. Para nós, mães, isso também traz alegria e conforto”, conclui.
Outras iniciativas
O trabalho dos grupos de humanização nas unidades tem papel importante no desenvolvimento de ações que reconhecem o paciente como um ser integral, com necessidades além das físicas. Atividades como cultos, missas, música, massagem, ginástica laboral e palestras são algumas das iniciativas que proporcionam um atendimento que considera o ser humano como um todo, e não apenas a doença ou condição a ser tratada.
"Nosso papel é garantir que as políticas de humanização sejam efetivamente aplicadas, visando o bem-estar físico, psíquico, social e espiritual de todos", explica Daniel Inácio, presidente da comissão de Humanização do João XXIII.
Para Jacqueline Dantas - pedagoga que lidera o projeto Classe Hospitalar, no qual as crianças recebem conteúdo escolar durante a internação, e as brinquedotecas na unidade - o foco das ações para os pequenos pacientes está na garantia de direitos fundamentais das crianças e adolescentes. "Sabemos que são trabalhos que contribuem para a humanização tanto do ambiente quanto da assistência aos pacientes pediátricos e seus acompanhantes", afirma.
O voluntariado também tem papel importante na humanização. Exemplo disso é o projeto das Abelhinhas, liderado pela voluntária Vera Lúcia de Almeida. Iniciado há 25 anos, contribui com visitas, apoio espiritual e emocional aos pacientes. O nome "Abelhinhas", representa o cuidado e a doçura do grupo. "Eu tinha o hábito de levar melzinho para a equipe do hospital, e esse melzinho foi criando asas”, lembra Vera.