Escolas da rede estadual de Minas Gerais participam da Febrace 2025 com projetos inovadores 

Estudantes mostraram o potencial no maior evento de ciências e engenharia do Brasil

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Escolas públicas estaduais de Minas Gerais marcaram presença na 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada na Universidade de São Paulo (USP), com diversos projetos inovadores de talentos mineiros.

O evento reuniu estudantes do ensino básico e técnico de todo o país, entre os dias 25 e 28/3, promovendo o intercâmbio de conhecimento e soluções criativas. Com o apoio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), três escolas exibiram seus trabalhos para especialistas, professores, profissionais da indústria e o público em geral.

As escolas estaduais participantes foram: Embaixador José Bonifácio, de Barbacena, no Campo das Vertentes; Sandoval Soares de Azevedo, de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); e Maria Lina de Jesus, de São José do Alegre, no Sul de Minas.
 

SEE-MG / Divulgação

Thayssa de Souza, 17 anos, integrante do grupo de pesquisa da E.E. Maria Lina de Jesus, contou sobre o impacto positivo da participação em projetos de pesquisa científica. “Acho muito importante estarmos envolvidos com a pesquisa já no ensino médio. Isso estimula nosso senso crítico e nos ajuda a explorar áreas de interesse”.

Nesta edição da feira, 300 projetos finalistas foram apresentados, desenvolvidos por 671 estudantes sob a orientação de 462 professores de 269 escolas, tanto públicas quanto privadas, de todas as regiões do país.

Os melhores trabalhos foram premiados com troféus, medalhas, bolsas de estudos e estágios, além do convite para representar o Brasil na Regeneron ISEF 2025, a maior feira internacional do gênero, que ocorrerá em maio nos Estados Unidos.

Projetos inovadores
 

Os estudantes da E.E. Maria Lina de Jesus, em São José do Alegre, surpreenderam com o projeto “Que história é essa? Desobediências epistêmicas em prol da luta decolonial”.

A pesquisa busca problematizar o multiculturalismo e a decolonialidade, ampliando a história do Brasil para além da perspectiva eurocêntrica, e restituindo o espaço de fala a povos que sofreram processos de opressão.

Kauã Emanuel, 17 anos, estudante do 2º ano, explicou com entusiasmo. “Com nosso projeto, queremos chamar a atenção de estudantes e professores para temas geralmente negligenciados em ambientes formativos. O Brasil ainda vive sob a sombra do colonialismo e nosso objetivo é resgatar vozes silenciadas, buscando uma educação libertadora”.

Na E.E. Embaixador José Bonifácio, os alunos se aventuraram pelo universo das ciências exatas com o projeto “Vinimétrica: uma regra prática para o cálculo do termo geral de uma progressão aritmética”.

A pesquisa apresenta uma alternativa mais rápida e simples para o cálculo do termo geral, descoberta pelo estudante Vinícius de Carvalho Oliveira durante uma aula de matemática.



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