Secretaria de Estado de Saúde reúne informações à população sobre a monkeypox

Além do monitoramento dos casos no estado, site da secretaria traz detalhes sobre diagnóstico, tratamento e prevenção da doença

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Desde o registro da primeira notificação em Minas Gerais, em 11/6, o estado contabiliza 317 casos confirmados de monkeypox e um óbito. Outros 993 casos estão em investigação e 712 já foram descartados por exames laboratoriais (Informe Epidemiológico de 8/9/2022). Além de monitorar e divulgar regularmente a evolução do surto no território, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) tem realizado uma série de ações de capacitação e elaboração de notas técnicas para os profissionais de saúde. Outra ação da SES-MG foi o lançamento do Painel Monkeypox, com informações úteis para a população em geral.

A doença é transmitida pelo vírus monkeypox, que se manifesta principalmente por lesões na pele, como manchas e feridas abertas, além de outros sintomas parecidos com os de uma gripe comum, como febre e dor de cabeça.

A confirmação do diagnóstico da monkeypox é feita apenas por exame laboratorial, devido à semelhança dos sintomas com os de outras doenças comuns, como a catapora e a sífilis. Por isso é importante procurar a unidade de saúde mais próxima em caso de suspeita, para avaliação clínica e coleta de material para análise, além de evitar o contato com outras pessoas. Nas Unidades Básicas de Saúde, o exame é feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Uma questão importante em relação ao atendimento e à condução desses casos é que a maioria deles são casos leves, o paciente pode seguir o seu isolamento em domicílio, sem necessidade de internação. As complicações não são frequentes, mas podem envolver infecção das lesões de pele, com necessidade de uso, às vezes, de antibiótico. As internações podem acontecer também caso não seja possível um isolamento adequado desse paciente em domicílio”, explica Flávia Ribeiro Soares Cruzeiro, médica e referência técnica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Minas.
 

SES-MG / Divulgação

Flávia destaca ainda aspectos da transmissão e reforça a necessidade do isolamento de pacientes. “O contágio acontece por contato íntimo com as lesões e também no compartilhamento de roupas, roupa de cama, toalhas, então é, sim, recomendado que esses pacientes fiquem em isolamento”, explica a médica.

“A recuperação e a evolução dos quadros geralmente ocorre em duas semanas desde o início dos sintomas, do aparecimento das lesões, até que todas as lesões evoluam para a fase de crosta e caiam. Enquanto houver lesões em fase ativa, com vesículas e pústulas, ainda está acontecendo transmissão. Então, para a gente considerar aquele término do risco de transmissão, todas as lesões devem ter secado e as crostas já devem ter caído. E isso acontece habitualmente no prazo de 14 dias”, completa Flávia.

Algumas formas de prevenção da doença são:
 

  • Manter o paciente em isolamento, quando possível, em quarto com ambiente ventilado e em cama separada, além de manter o distanciamento de pelo menos um metro de outras pessoas;

 

  • Utilizar máscara e proteger as lesões para evitar a exposição;

 

  • Lavar as mãos com frequência, sobretudo antes de ir ao banheiro, de cozinhar ou se alimentar.


*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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