Estado orienta implantação de fossas sépticas na Zona da Mata

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Moradores da zona rural de três municípios da Zona da Mata - Lima Duarte, Olaria e Santa Bárbara do Monte Verde - estão sendo beneficiados com a implantação de fossas sépticas. A ação conta com apoio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).    

O equipamento evita a contaminação da água e do solo pelo contato direto com o esgoto doméstico, diminuindo a probabilidade de disseminação de doenças e ampliando a qualidade de vida das famílias. 

Até o momento, 22 fossas foram construídas em 22 propriedades localizadas em sete comunidades da região. Mais 11 estão em fase de conclusão. A ação, além de beneficiar as famílias, ajuda a preservar mananciais como o córrego Monte Verde, em Lima Duarte, e o córrego Pombal, em Olaria.

“O esgoto das comunidades era lançado nos córregos em que pessoas e animais têm acesso, o que é um risco para a saúde. O que não era lançado diretamente no córrego, era destinado para um buraco aberto, onde há proliferação de mosquitos vetores de várias doenças”, diz a extensionista da Emater-MG, Maria Dalva Pereira.

As fossas sépticas indicadas pela Emater-MG são as que utilizam a tecnologia de tanque de evapotranspiração (Tevap). Esse modelo retém a parte sólida dos resíduos em um sistema fechado e permite a evaporação da água. Na construção do tanque das fossas Tevap são utilizados materiais como brita, areia, entulhos e pneus velhos.

Melhorias

Sebastião Alves Nogueira, dono de um pesque e pague na comunidade de São Sebastião do Monte Verde, é um dos moradores beneficiados. “É muito bom porque a gente mantém a água do rio limpa. Não jogamos mais esgoto no rio”, diz. Sebastião também ressalta que os interessados em construir as fossas sépticas em suas propriedades só precisam adquirir brita, areia e pedra. “Depois a gente planta em cima dela pés de banana, inhame e copo-de-leite pra puxar a umidade. A garantia dessas fossas é de até 50 anos”.

Já Sebastião Ronaldo de Almeida Alves trabalha com turismo rural no município há dez anos. Ronaldo também atua na pecuária leiteira. “A minha propriedade não é muito produtiva para a agropecuária, por isso optei pelo turismo com principal atividade”, conta.

No ano passado, foi construída a fossa séptica na sua fazenda. Antes, conta, os dejetos da residência eram depositados na chamada fossa negra, que não passa de um buraco no chão. Com a implantação da fossa séptica, Ronaldo diz que o meio ambiente está mais protegido.

Parceria

A ação é uma parceria da Emater-MG com as prefeituras, que disponibilizam o serviço de retroescavadeiras, pneus usados e entulho de construção. Os produtores fornecem areia brita, telas, cimento e mão de obra. O trabalho da empresa é de orientação, acompanhamento técnico e, juntamente com Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDRS) e prefeituras, cadastramento dos produtores interessados em implantar a tecnologia.