Saneamento sustentável: conheça técnica de queima enclausurada de biogás usada pela Copasa
Projeto representa um grande avanço na redução de emissões de gases de efeitos estufa no setor de saneamento
Em sintonia com os debates sobre mudanças climáticas que ocorrem desde 10/11 na COP30, em Belém (PA), a Copasa apresenta uma iniciativa que demonstra ser possível descarbonizar setores essenciais. O projeto de queima enclausurada de biogás em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), desenvolvido pela companhia, reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação.
A tecnologia de queima enclausurada de biogás atinge uma eficiência de mais de 98% na eliminação dos gases poluentes gerados nos processos de tratamento de esgoto. O foco da iniciativa recai sobre gases odorantes, que podem causar a percepção de maus odores nas estações, além do metano, que é um gás com potencial de causar o efeito estufa.
Com um investimento de R$ 1,2 bilhão, esta fase inicial do projeto, concluída em setembro de 2025, envolveu seis Estações de Tratamento de Esgoto da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH): ETEs Nova Contagem, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Veneza, Vale do Sereno e Vila Maria, priorizadas por estarem em áreas com maior impacto de odores.
O benefício vai muito além da redução de odores. A tecnologia promove a conversão do metano – um gás de efeito estufa altamente nocivo à atmosfera – em dióxido de carbono biogênico. Essa ação representa um grande avanço na diminuição das emissões de carbono pelo setor de saneamento, alinhando as práticas da Copasa às discussões globais sobre a necessidade urgente de frear o aquecimento global.
Benefícios tangíveis para cidades e o planeta
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Copasa evidencia a capacidade da companhia de atenuar emissões, com a substituição dos queimadores abertos por modelos enclausurados. Com essa iniciativa, além de contribuir para o meio ambiente, a Copasa apresenta um modelo de negócio adaptado às exigências de uma economia de baixo carbono.
O projeto da Copasa tem potencial para evitar a emissão de aproximadamente 8 mil toneladas de CO₂ por ano. Este dado coloca a companhia em uma posição estratégica para uma futura obtenção de créditos de carbono.
A iniciativa está em total sintonia com a agenda ESG (Environmental, Social, and Governance), reafirmando o compromisso da empresa com a eficiência, a promoção da saúde pública e uma responsabilidade socioambiental que vai além do básico.
Enquanto as discussões na COP30 avançam sobre a necessidade de ações concretas e inovadoras para enfrentar a crise climática, temas como cidades mais preparadas, gestão eficiente da água, tratamento adequado de resíduos e efluentes e a transição para uma economia de baixo carbono se mostram essenciais e inadiáveis. O projeto da Copasa mostra que soluções para grandes problemas mundiais podem surgir de investimentos locais e de tecnologias.