Minas forma novos epidemiologistas para fortalecer resposta a emergências sanitárias

Profissionais formados pelo Programa EpiSUS atuarão em diversas regiões do estado

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Em 2025, Minas Gerais deu um passo importante para garantir respostas rápidas diante de epidemias e surtos: formou 142 novos epidemiologistas pelo Programa EpiSUS-Fundamental. O Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS) é uma iniciativa do Ministério da Saúde que capacita profissionais para vigilância e enfrentamento de emergências em saúde pública. Em Minas Gerais é viabilizado pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), conforme previsto no Plano Estadual de Saúde 2024-2027. 

A ESP-MG é responsável pela organização das turmas e suporte pedagógico ao Programa, em parceria com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) Minas. De acordo com  Alice Senra, coordenadora de Promoção, Cuidado e Vigilância em Saúde da Escola, “a ação visa contribuir com a formação permanente de epidemiologistas de campo para atuarem no estado em momentos de emergências em saúde pública e na investigação de doenças e agravos”.

O EpiSUS integra a estratégia FETP (Field Epidemiology Training Program) - piramidal, composta por três níveis: fundamental, intermediário e avançado. O nível fundamental, com seis turmas concluídas em Minas neste ano, nas macrorregiões Centro, Sul, Centro Sul, Sudeste, Extremo Sul e Nordeste, tem duração de 12 semanas, carga horária de 200h, sendo 80h de oficinas presenciais e 120h de atividades práticas em campo. Essa etapa prepara profissionais para vigilância em saúde, epidemiologia descritiva e uso de ferramentas para tomada de decisão baseada em evidências. Como resultado foram qualificados 142 novos epidemiologistas.

O Programa segue em andamento nos próximos anos em outras dez macrorregiões, sendo seis macros em 2026 e quatro em 2027. Ao final, cerca de 430 epidemiologistas serão treinados, contemplando todas as 16 macrorregionais de Minas.

Segundo Magda Duarte, coordenadora do Programa pelo Ministério da Saúde, as Escolas desempenham papel essencial na execução das turmas, oferecendo estrutura física e pedagógica. “Essa conexão é fundamental para manter a qualidade formativa e ampliar a capacitação pelo território nacional”, destaca.

Aprendizados

Para Vivian Lemos, farmacêutica da Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre (SRS), “agora, os processos de investigação serão mais precisos, fortalecendo nosso trabalho e impactando diretamente na qualidade da assistência e nas ações de prevenção e controle”

Átila de Oliveira, técnico de gestão da SRS Teófilo Otoni, destaca: “O curso me ofereceu ferramentas que qualificaram a análise das informações, permitindo uma visão mais estratégica e fundamentada. Essa experiência aprimorou o tratamento dos dados e contribui para decisões mais eficientes”, disse.

Já Kamilla Bahia, enfermeira e coordenadora da vigilância em Itaobim, considera a capacitação essencial para aplicar os princípios do SUS.  “Para destinar mais recursos a quem mais precisa, é necessário trabalhar com dados e perfis epidemiológicos bem traçados e o EpiSUS nos possibilita isso”, conclui.

 

 

 



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