Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais viabiliza participação de artesãos em feiras e exposições
Eventos são oportunidade para impulsionar os negócios e fomentar o desenvolvimento nas regiões
Um dos desafios enfrentados pelos pequenos negócios é ampliar o número de clientes e, com isso, aumentar as vendas e remuneração. Para isso, a participação em feiras e exposições torna-se estratégica. Porém, nem sempre eles têm condições de custear financeiramente a participação nestes eventos.
Considerando esse cenário, o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) vem atuando para ajudar pequenos empreendedores, entre eles, artesãos, a participarem de eventos importantes dentro e fora de suas regiões região. Eles podem expor os trabalhos, de forma gratuita, em estandes do instituto. É uma forma de fomentar a economia e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.
Nos últimos dois anos o instituto participou de 12 feiras e exposições, viabilizando a participação gratuita de 128 expositores de diversas áreas. No estande do instituto eles podem apresentar seus produtos, realizar vendas e fazer contatos. No Dia Mundial do Artesão, celebrado nesta quarta-feira (19/3), eles reafirmam a importância de participar das feiras.
Mônica Stabler, da Bem Crochê, de Montes Claros, afirma que o negócio deslanchou após participar da Fenics, realizada naquela cidade. Desde então, seu artesanato com amiguruni - técnica japonesa de confecção de pequenas peças e objetos com crochê e tricô – viajou para feiras inclusive de outros estados. “O instituto me ajudou a prosperar como artesã. Foi o ponto de partida para o crescimento do meu negócio”, diz.
Aline Vieira mora em Governador Valadares e participou, em 2024, da Feira Nacional de Artesanato, em Belo Horizonte. Ela produz peças diversas em macramê utilizando fibras naturais e destaca os contatos que fez, no evento, com outros artesãos. “Participar da feira expandiu meus horizontes. Me estimulou, inclusive, a abrir a minha própria loja, o que já aconteceu”, conta.
Apoio
“O Idene me abraçou. Além do estande gratuito temos o apoio dos servidores durante toda a feira. É difícil chegar um apoio desse tipo aqui no interior”, relata Inácio José, de Medina, no Vale do Jequitinhonha, que cria quadros esculpidos em madeira de reciclagem. Ele destaca as vendas durante e no pós-feira, pelas encomendas que recebe. “Hoje eu vivo do artesanato”, diz.
A família de Camily Vitória - pais e duas irmãs -, produz biscoitos de polvilho e rapadura em Brejaubinha, distrito de Governador Valadares. Em 2024 participou da Expoleste, realizada naquela cidade.
“Foi bom porque divulgamos nossos produtos para um público maior e isso ajuda a aumentar as vendas, com encomendas para outras cidades”, relata. “Vendemos praticamente tudo que levamos”, conclui.
Hermínio Ribeiro possui uma pequena charcutaria em Itanhomi, próximo a Governador Valadares, onde produz um variado leque de defumados artesanais incluindo linguiça e copa lombo. Em 2024 ele participou da Expoleste e do Festival Mundial da Cachaça de Salinas. “É muito gratificante participar das feiras, pois as vendas aumentam depois”, ressalta.
As bordadeiras da Associação Mãos que criam, de Bocaiúva, fazem bordados diversos, tricô e crochê. A associação já participou duas edições da Fenics e da Feira Nacional de Artesanato.
A associada Maria Clara Almeida diz que ainda hoje recebe encomendas de clientes que conheceu nas feiras. “O dinheiro que ganho com a venda das peças me ajuda a comprar meus remédios. Me ajudou até a construir minha casa”, afirma.