Igam aprimora gestão de recursos hídricos na região Norte

Área abrangida contempla cerca de 180 municípios que possuem grande diversidade climática, geológica, hidrogeológica e geomorfológica

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O Norte de Minas terá uma nova ferramenta para análise de suas águas subterrâneas. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) acabam de lançar o Projeto Águas do Norte de Minas (PANM), um estudo técnico que avalia as disponibilidades hídricas subterrâneas das regiões Norte, Nordeste e Noroeste de Minas, áreas notadamente marcadas pela escassez de água no estado.

A análise, realizada por mais de 40 técnicos e pesquisadores ao longo de dez anos, permitiu conhecer profundamente o comportamento das águas subterrâneas e superficiais e referendou o volume de 14 mil litros de água subterrânea por dia, como sendo o valor de uso insignificante de captação de água nessas regiões.

“Nós temos hoje plenas condições de identificar o potencial hídrico subterrâneo do Norte de Minas. Isso se deve ao PANM e ao elevado nível de detalhamento dos estudos realizados. Pretendemos estender esta iniciativa às demais regiões do estado”, afirmou a diretora-geral do Igam, Marília Melo.

De acordo com a diretora, a realização do estudo foi uma demanda que o Igam recebeu do Norte de Minas após a aprovação do critério de captação de uso insignificante, ou seja, aqueles usos destinados à irrigação de pequenas áreas, consumo humano, ou para matar a sede de animais. O pedido foi que o Instituto avaliasse a disponibilidade de águas na região para referendar os critérios de uso aprovados anteriormente, sem comprometer os aquíferos da região.

A região abrangida pelo projeto possui cerca de 260 mil quilômetros quadrados e contempla cerca de 180 municípios com grande diversidade climática, geológica, hidrogeológica e geomorfológica. A maior parte da área estudada (88%) se concentra nas bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. O restante se distribui nas bacias dos rios Mucuri e Pardo, além das bacias do Leste: rios Jucuruçu, Itanhém (Alcobaça) e Buranhém.

O trabalho resultou em outros produtos, como o Atlas Cartográfico do PANM, o Relatório de Estudos para as Bacias Representativas e as de Integração Regional, e ainda a Base de Dados Georreferenciada. Esta última composta por todos os levantamentos obtidos durante o projeto e sobretudo um desenho do aquífero com um rico cadastro de dados.

Para ter acesso aos arquivos dos resultados finais do PVNM clique aqui.



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