Governo de Minas registra redução em crimes monitorados durante o Carnaval 2025, como homicídios, roubos e importunação sexual
Índices de estupros em Belo Horizonte tiveram a queda mais significativa, de 80%. Número de celulares roubados no Estado recuou mais de 39%; integração da segurança pública, tecnologia, campanhas de conscientização e reforço no efetivo transformam Minas em um destino seguro
As ações promovidas pelo Governo de Minas para garantir que o estado seja o melhor e mais seguro destino para o Carnaval no Brasil foram bem-sucedidas em mais um ano. Os dados com os índices de criminalidade durante os dias de festa no estado foram apresentados pelo governador Romeu Zema e pelos comandantes das Forças de Segurança de Minas Gerais nesta terça-feira (6/3), durante coletiva de Balanço do Carnaval 2025.
As estatísticas apontam queda ou manutenção em todos os crimes monitorados pelo Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp): roubo, furto, roubo e furto de celulares, homicídio, importunação sexual, estupro e estupro de vulnerável.
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"O grande destaque do nosso Carnaval foi a área da segurança pública. E isso só foi possível porque fizemos todo um planejamento, integração, comunicação, conscientização prévia, com o uso de muita tecnologia. Deixo meus agradecimentos à nossa Polícia Militar, à nossa Polícia Civil, ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Penal e também à Defensoria Pública e Ministério Público, que sempre têm contribuindo com estas ações", destacou o governdor Romeu Zema. |
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Menos furtos e roubos
Houve queda acentuada do número de roubos e furtos de celulares, principais objetos alvo de criminosos. Campanhas de conscientização para que o folião ficasse mais atento ao item estão entre os fatores que contribuíram para a redução de 39,3% nos roubos em Minas (de 173 para 105) e de 6,2% na capital (de 65 para 61) em relação ao Carnaval do ano passado, no período de sábado (1/3) a terça-feira (4/3). Os furtos de aparelhos, por sua vez, alcançaram redução de 17,5% em todo estado, passando de 1.621 para 1.338 ocorrências. Em BH a queda foi de 14,8% - de 1.281 para 1.091 ocorrências registradas.
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"O celular é hoje um objeto de muito valor para qualquer meliante. Todas as informações estão ali. A Segurança está buscando a melhor maneira de inibir este crime, com o uso de tecnologia, com câmeras e drones que estão trazendo o monitoramento e o alerta para o folião. Com isso conseguimos reduzir tanto o furto quanto o roubo e estamos trabalhando para diminuir cada vez mais esses crimes", explica o secretário-adjunto da Sejusp, coronel Edgard Estevo. |
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No mesmo período, os registros de roubo em Minas, de modo geral, reduziram 24,3% e, em Belo Horizonte, a queda foi de 15,9%. Em 2024, foram 243 ocorrências em Minas e este ano os dados do observatório apontam 184 registros. Já em BH, onde a concentração de foliões foi maior, os dados absolutos foram de 107 para 90. Já os furtos passaram de 3.915 para 2.907 em Minas – uma redução de 25,7%. Na capital, a redução foi de 23,1%, passando de 2.015 registros, em 2024, para 1.550.
Carnaval seguro para as mulheres
A importunação sexual, grande preocupação do Governo de Minas e alvo de inúmeras ações preventivas em várias frentes, apresentou redução de 27,9% em todo o estado: 61 registros em 2024 para 44 ocorrência neste Carnaval. Em Belo Horizonte, o número se manteve: foram 13 ocorrências registradas tanto em 2024 como em 2025.
Os registros de estupro e de estupro de vulnerável também apresentaram queda, tanto na capital quanto no estado. Os dados compilados apontam que os registros de estupro em Minas passaram de 24 para 13 ocorrências – redução de 45,8%. Em BH, o comparativo mostra redução de 80% (de cinco para uma ocorrência registrada no período). Já o estupro de vulnerável passou de 37 ocorrências em Minas, em 2024, para 23 neste ano (redução de 37,8%). Na capital a queda foi de 80% - de cinco para um registro.
Crimes violentos e monitoração de usuários de tornozeleiras eletrônicas
O homicídio – principal crime violento monitorado pelo Observatório de Segurança Pública – apresentou redução de 21,4% em Minas, passando de 42 para 33 ocorrências. Em BH, os registros se mantiveram iguais: quatro ocorrências tanto em 2024 quanto em 2025.
A Polícia Penal de Minas Gerais realizou a monitoração intensiva de todos os indivíduos que utilizam tornozeleira eletrônica. Em caso de descumprimento a Polícia Militar fazia a abordagem imediata do indivíduo.
Polícia Militar: efetivo completo
Durante os dias de folia, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) mobilizou todo seu efetivo na operação PMMG 250 anos: Carnaval 2025 para reforçar o policiamento em todas as regiões, desde os grandes centros até os locais de celebração mais tranquilos, além das rodovias estaduais e federais sob sua responsabilidade.
Entre sábado e terça-feira, a operação resultou na prisão de 3.495 pessoas em todo o estado, sendo 3.265 em flagrante e 230 por mandado de prisão, inclusive, com apoio de reconhecimento facial. Também foram apreendidos 611 veículos, 155 armas de fogo e 348 armas brancas, além de terem sido recuperados 164 celulares e 132 veículos.
Reconhecimento facial
Ao todo, 207 pessoas com mandados de prisão em aberto foram presas com apoio das câmeras inteligentes com reconhecimento facial. Desse total, 75 pessoas foram presas apenas entre sábado e quarta-feira. As câmeras foram instaladas em drones, nos Postos de Observação Elevada (POE) e Bases de Segurança, formando uma rede.
As imagens capturadas eram transmitidas instantaneamente para uma central de videomonitoramento, onde um sistema avançado as comparava com o banco de dados da PMMG. Ao identificar um indivíduo com mandado de prisão em aberto, as equipes posicionadas no evento eram direcionadas, imediatamente, para abordagem e validação da identificação e prisão do foragido.
O trabalho dos militares na ponta da linha foi potencializado por tecnologias avançadas como POE, drones, câmeras inteligentes com reconhecimento facial, para identificação rápida de pessoas com mandados de prisão, e o Sistema Hélios, utilizado para rastreamento de veículos e identificação de placas. Além dos recursos tecnológicos, aeronaves com observadores aéreos, para apoio às ações de policiamento em solo, foram utilizadas pela PMMG. O serviço de inteligência também atuou no monitoramento e identificação de infratores em áreas de grande concentração de pessoas.
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"O reconhecimento facial já traz bons resultados e é uma tecnologia que vai continuar sendo utilizada nos locais com maior tráfego, como grandes eventos e jogos, tanto na capital, quanto no interior", explicou o comandante-geral da Policia Militar, coronel Frederico Otoni. |
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Para garantir o bem-estar dos foliões, além das companhas preventivas, a PMMG ampliou o número de postos de registro de ocorrências, com espaços específicos para o acolhimento de mulheres, e ofereceu atendimento bilíngue 24 horas, via 190, para auxiliar os turistas. O Centro de Atividades Musicais da corporação também levou a alegria do Carnaval para aqueles que não puderam participar dos eventos, realizando diversas apresentações em locais como asilos, creches, hospitais e estações de metrô.
Polícia Civil: atendimento humanizado e ações educativas
Para fortalecer a segurança nos dias de festa, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) mobilizou cerca de 6 mil servidores em todo o estado. As delegacias de plantão, tanto na capital quanto no interior, também foram reforçadas para garantir atendimento ininterrupto, na capital e no interior, durante todos os dias de folia.
A Central Estadual do Plantão Digital (CEPD), em Belo Horizonte, por exemplo, teve atuação intensificada, agilizando o registro de ocorrências e otimizando a resposta policial. Além disso, unidades especializadas, como a Coordenação Aerotática e a Coordenação de Operações com Cães (COC), deram suporte às ações operacionais.
A Delegacia Móvel foi instalada em ponto estratégico da capital, na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, oferecendo atendimento rápido e eficiente aos foliões. Paralelamente, a Delegacia Virtual teve ampla divulgação, permitindo que crimes como furtos, estelionatos e acidentes sem vítimas fossem registrados de maneira prática e ágil, além do registro de perdas de documento.
Ao longo do Carnaval, a PCMG instaurou 4.667 procedimentos de polícia judiciária em todo o estado, de sexta (28/2) a terça-feira (4/3), sendo lavrados 377 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), uma variação percentual em menos 27% aproximadamente em relação ao último ano.
Além disso, foram realizadas 1.505 prisões em flagrante em Minas, aumento em pouco mais de 10% em comparação a 2024. Além disso, a instituição expediu 538 medidas protetivas de urgência e instaurou 722 inquéritos policiais para aprofundar investigações de diversos crimes.
“Depois do não, é crime, uai!”
Campanhas educativas também marcaram presença nas festividades. A iniciativa "Depois do não, é crime, uai!" levou às ruas conscientização sobre a violência contra a mulher e a importunação sexual, alertando sobre a importância da prevenção e do respeito. Materiais informativos foram distribuídos nos blocos e divulgados nas redes sociais da PCMG, reforçando os canais de denúncia e apoio às vítimas.
A atuação especializada da PCMG priorizou, ainda, o atendimento às mulheres, garantindo resposta rápida e precisa em ocorrências complexas para prevenir crimes como o de importunação sexual. Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), profissionais de diferentes carreiras atuaram em regime de plantão para acolher vítimas de violência com atendimento humanizado e qualificado. Policiais civis também integram os serviços de acolhimento às mulheres em duas vans, uma na Praça Sete e outra na Praça da Savassi.
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"O planejamento integrado das Forças de Segurança foi fundamental pra esta redução substâncial da criminalidade no estado para que os mineiros e os turistas que optaram em passar o Carnaval aqui tivessem uma festa segura. Tivemos uma redução drástica no número de ocorrências de violência familiar e doméstica contra as mulheres, demonstrando uma conscientização da população e o êxito das nossas campanhas educativas", ressaltou a chefe da Polícia Civil, delegada-geral Letícia Camboge. |
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