Governo de Minas reforça atuação contra o crime organizado no estado e nas divisas

Ações integradas das Forças de Segurança, incluindo mais de 2 mil operações para desarticular organizações ligadas ao tráfico de drogas apenas em 2025, fazem parte da política de prevenção e neutralização

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Em um trabalho conjunto das Forças de Segurança, o Governo de Minas tem reforçado as operações de combate ao crime organizado e às facções criminosas em todo o estado, incluindo as regiões do interior e as áreas de divisa, com objetivo de evitar a atuação, a entrada e eventuais conflitos entre criminosos ligados a facções em território mineiro.

O trabalho é realizado a partir da atuação conjunta da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), além do Ministério Público (MPMG) e do Tribunal de Justiça (TJMG).

"Precisamos iniciar um movimento para dar um basta nesse terror, que tem custado a vida de brasileiros. Já determinei o reforço e a prontidão das nossas Forças de Segurança para que Minas Gerais não seja afetada, principalmente em territórios mais próximos ao Rio de Janeiro", destacou o governador Romeu Zema, que se encontra presencialmente com o governador do Rio de Janeiro e outros chefes do Poder Executivo, nesta quinta-feira (30/10).

Neste mês, a PMMG encabeça a Operação Divisa Segura, em andamento, com foco no combate aos crimes violentos, especialmente nas divisas do estado. A execução da operação, por meio de ações aéreas e por terra, ocorre de forma integrada entre as Regiões de Polícia Militar (RPM), os Comandos de Policiamento Especializado (CPE) e de Aviação do Estado (Comave), e a Diretoria de Inteligência (Dint), sob a coordenação da Diretoria de Operações da corporação.

Somente neste ano, foram realizadas 23 mil prisões em virtude de mandados,  incluindo tráfico de drogas, e  apreendidas 11 mil armas, apenas por parte da PMMG.

Por meio da PCMG, apenas neste ano, foram realizadas cerca de 2,2 mil operações para desarticular organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro em Minas Gerais e em outros estados.

A Operação Via Pecuniam, deflagrada em outubro, por exemplo, prendeu ao menos 29 acusados de integrarem uma organização criminosa que também tinha atuação na região de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná.

Além disso, por meio do Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública (Seisp), formado por órgãos de das Forças de Segurança do Estado e da Justiça, foram recapturados 360 criminosos foragidos da Justiça, apenas em 2024. A atuação estratégica com o uso de tecnologias modernas e inteligência integrada também estão resultando em prisões de outros foragidos da Justiça, e de lideranças criminosas, em todo o Estado de Minas Gerais, neste ano.

Todas as questões relacionadas a possíveis conexões entre facções criminosas estão sob o monitoramento de Inteligência por parte da Sejusp, com apoio dos demais órgãos de Segurança Pública. Os detalhes sobre o monitoramento de facções não são publicizados para preservar o trabalho das investigações e garantir o êxito de ações de neutralização e repressão contra grupos criminosos.

Neste contexto, a parceria entre a Sejusp e a PCMG para criação, em 2024, do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), tem sido fundamental para identificar e neutralizar criminosos.

A unidade é responsável por ações significativas em Minas, como a prisão de integrantes do Comando Vermelho que tinham fugido de unidades prisionais e a desarticulação de lideranças criminosas no estado.

Este trabalho também é reforçado pelo Centro Integrado de Inteligência Cibernética (Ciberint), que atua com o monitoramento de membros de organizações criminosas no ambiente da internet.

Além disso, a Sejusp implementou rígida política de isolamento de integrantes do crime organizado em unidades prisionais especiais, onde são monitorados e acompanhados com rigor, impedindo novos rituais de associação e enfraquecendo o crescimento de tais grupos no estado.

Essas unidades passam por acompanhamento integral do serviço de Inteligência e operações frequentes de buscas e revistas, neutralizando a possibilidade de comunicação entre os diferentes membros.

A Metodologia da Integração da Gestão em Segurança Pública (Igesp), desenvolvida pela Sejusp, garante a troca contínua de informações e o fortalecimento do trabalho em equipe, reforçando as ações em áreas classificadas como Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC), em diferentes regiões do estado, para o enfrentamento da violência.



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