O Governo de Minas apresentou suas ações para mitigar o impacto das queimadas na produção rural durante audiência pública convocada pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira (11/9), em Belo Horizonte.

Dentre as principais, estão o monitoramento por satélite e equipes estratégicas em campo para prevenir e otimizar o combate aos incêndios.

Na reunião, que discutiu os impactos dos incêndios rurais no agronegócio mineiro, o secretário adjunto de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez, ressaltou que, somente neste ano, foram destinados cerca de R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos, veículos e aeronaves essenciais nas ações de prevenção e enfrentamento a ocorrências nas matas de Minas Gerais, com apoio de mais de quase 1 mil profissionais na linha de frente de combate aos incêndios.

“Todos os dias o secretário Thales [Fernandes] tem recebido contatos de produtores e associações sobre essa situação aflitiva. O governo tem trabalhado de uma forma muito proativa e investido em equipamentos, aeronaves e brigadistas. E vamos agir junto à sociedade para que todo o estado tenha brigadas mais efetivas, treinadas e mobilizadas”, complementou Albanez.

Tecnologia e educação contra o fogo

Com investimentos do Estado, o Corpo de Bombeiros mantém em funcionamento a Sala de Coordenação Operacional, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). A unidade reúne dados em tempo real dos incêndios no estado.

A novidade em 2024 é o uso da tecnologia de satélites para identificar focos de incêndio no estado por meio de sensores de calor. De acordo com os Bombeiros, 80% dos focos de incêndio são combatidos em menos de 24 horas.

Sob a orientação do Corpo de Bombeiros, anualmente são realizados cursos de formação de brigadistas especializados em prevenção de incêndios florestais.

Neste ano, quase 1 mil profissionais estão em atuação nas ocorrências de combate a incêndios nas áreas verdes de Minas Gerais, sendo 115 bombeiros militares pelo reforço operacional, 280 brigadistas contratados pelo Estado, 99 brigadistas contratados pela compensação minerária florestal e 450 brigadistas voluntários, que prestam apoio à Força-Tarefa Previncêndio.

Também participaram da audiência pública representantes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), além de entidades civis: Faemg, Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Academia Latino-Americana do Agronegócio e Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido.