Governo de Minas coloca fim à espera dos mineiros pela realização das obras da linha 2 do metrô da RMBH

Ligação entre a linha 1, ao Barreiro, será finalmente viabilizada após contrato de concessão; operação está prevista para 2028

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O governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus acompanharam, nesta segunda-feira (16/9), o início das obras de construção da linha 2 do metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), prevista no contrato firmado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e a concessionária Metrô BH.

O novo traçado, que vai interligar a atual linha 1 até o Barreiro, terá 10,5 quilômetros e vai contar com sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Nova Gameleira, Nova Cintra, Vista Alegre, Ferrugem e Barreiro.

“É uma felicidade muito grande estar aqui dando a ordem de início para essa obra tão importante para Belo Horizonte e região. Ela será conhecida como a maior obra em décadas na RMBH”, comemorou o governador.

 

"Nós estamos falando aqui de dez quilômetros e meio, mais de R$3 bilhões de investimentos, sete estações, mais 24 composições que já foram adquiridas. É uma conquista na linha do nosso governo, que é realizar entregas", concluiu Romeu Zema.

 
   
   


A expectativa é a de que as estações sejam concluídas por etapas, de acordo com cronograma previamente estabelecido, começando por Nova Suíça e Amazonas, que devem ficar prontas em 2026. 

Dirceu Aurélio / Imprensa MG


Cronograma


A operação comercial da linha 2, em pleno funcionamento, está prevista para 2028, colocando fim a uma espera de cerca de 20 anos. 


A partir da conclusão da nova linha, a expectativa é a de que o metrô passe a transportar uma média diária de 213 mil passageiros, sendo 157 mil na linha 1 e 56 mil na linha 2.


O vice-governador Professor Mateus enalteceu a relevância que a ampliação do metro de BH e a modernização das estações traz para a vida das pessoas que utilizam o transporte público. 


“A ampliação do metrô vai proporcionar que a pessoa economize no trânsito 30 minutos na ida e 30 minutos na volta, tempo que muda a vida do trabalhador que vai estar menos cansado, muda a vida de pessoas que terão mais condição para o trabalho e o estudo".

 

 

"Sobretudo, muda a realidade das famílias que terão mais momentos juntos, tempo que hoje é sacrificado pelo trânsito caótico da Região Metropolitana” destacou Professor Mateus.

 
   
   


Outras obras

Paralelamente, a concessionária Metrô BH continuará realizando as melhorias na linha 1, como, por exemplo, as reformas das 19 estações e a conclusão da expansão até Novo Eldorado, em Contagem, ambas previstas para serem entregues até 2026.

Também estão programadas a conclusão da reforma no Pátio São Gabriel, com ampliação da oficina de manutenção que atenderá as linhas 1 e 2, e a recuperação da via, da rede aérea e dos sistemas de energia, sinalização e comunicação.

Dirceu Aurélio / Imprensa MG


Melhorias 

A concessão do Metrô da RMBH permitiu a implantação de melhorias em serviços prestados aos mais de 90 mil passageiros transportados todos os dias. 

Desde junho de 2023, os usuários podem utilizar, gratuitamente, o sistema de internet Wi-fi nos trens e estações. 

Além disso, é possível acompanhar a previsão de chegada dos trens nos 96 painéis de LED espalhados pelas 19 estações do sistema.

Outro benefício do processo de inovação, modernização e melhorias do modal metroviário da RMBH foi a implantação do sistema de bilhetagem digital, acabando definitivamente com os tickets em papel. 

A validação da passagem pode ser feita por aproximação, diretamente nas catracas, utilizando cartões de crédito ou débito, ou ainda por carteiras digitais de smartwatches, celulares ou tablets. Isso reduz a necessidade dos passageiros de pegarem fila para compra dos bilhetes e dá mais agilidade no processo de acesso às plataformas de embarque. 

Também houve redução de aproximadamente 10% do tempo de viagem entre Vilarinho e Eldorado, que era de, em média, 55 minutos, com base, apenas, em mudanças de processos.

“Nós estamos hoje aqui na estação Amazonas, onde serão iniciadas as obras da linha 2, para colocar fim a uma espera de anos para a população de BH e que vai trazer qualidade de vida para milhares e milhares de mineiros que vão passar a usar a linha 2 do metrô como seu principal meio de locomoção” destacou o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Bruno. 

Novos trens

No mês de maio, o Governo de Minas anunciou a compra de 24 novos trens pela concessionária Metrô BH.

As novas composições serão fabricadas pela empresa chinesa Changchun Railway Vehicles, subsidiária líder da maior fabricante de material rodante do mundo, CRRC Corporation Limited.

Dirceu Aurélio / Imprensa MG


A empresa já iniciou o projeto de fabricação e a expectativa é a de que o primeiro trem chegue ao Brasil e entre em operação no primeiro semestre de 2026. As novas composições, tão logo entregues, vão operar tanto na linha 1 como na linha 2 do metrô.

Os 24 novos trens possuirão, cada um, quatro carros, e serão equipados com Operação Automática do Trem (OTA, na sigla em inglês), sistema que possibilita mais regularidade, conforto e suavidade nas viagens, além de economia no consumo de energia.

Atualmente, a frota é composta por 35 trens, sendo 25 da série 900, da década de 1980, e dez trens da série 1000, que começaram a operar em 2015 e já possuem ar-condicionado e sistemas modernos.

Recursos

A concessão do Metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte completou, em março, um ano de operação. O contrato terá duração de 30 anos, com a estimativa de que sejam investidos R$ 3,7 bilhões para melhorias e ampliações ao longo do período.

Desse total, R$ 2,8 bilhões são aportes do Governo Federal e cerca de R$ 440 milhões são provenientes do Termo de Reparação assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) com a Vale, em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais em Minas Gerais.



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