Gigante da emergência em Minas completa 52 anos

Números e depoimentos demonstram grandiosidade do Hospital João XXIII para o estado

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Duas mil pessoas. Essa é a multidão que circula por dia pelo Hospital João XXIII (HJXXIII), um dos maiores prontos-socorros do país. Com 52 anos recém-completados, o “João” – como é carinhosamente chamado – recebe pacientes de todos os cantos de Minas e até de fora do estado. Para manter essa engrenagem em funcionamento, uma verdadeira força-tarefa atua todos os dias: médicos, enfermeiros, técnicos, equipes de limpeza, portaria, desinfecção, alimentação, rouparia, manutenção, informática, administração. Todos com um único propósito: salvar vidas.

No João XXIII, tudo é em grande escala — como pede um hospital do tamanho de uma cidade. Ao todo, cerca de 2.700 refeições são preparadas por dia –  só no almoço, 60 kg de arroz e 270 kg de carne.  Por mês, são realizados uma média de 111 mil exames laboratoriais, 8 mil exames de raios-x, 755 transfusões, quase 3 mil tomografias, mais de 119 mil medicamentos, 23 mil unidades de medicamentos dispensados e quase 1.300 insumos de saúde padronizados. Por ano, itens como sabonete líquido, por exemplo, chegam a quase 39 mil litros de consumo para atender a todos que passam pelo gigante.

Paixão pelo João 

“É motivador trabalhar aqui, pois sabemos a diferença que fazemos na vida dos usuários do SUS”, afirma o diretor administrativo do Complexo de Urgência da Fhemig, Alexandre Martucheli. Para ele, o João XXIII é referência de vida.  “Quando iniciei meu trabalho aqui, a impressão que tinha é de que era um lugar de dor. Na verdade, é um lugar de vida. Logo que percebi isso, me apaixonei pelo hospital”, conta. 

A técnica em nutrição Andréa Trindade é servidora há 20 anos e também vive diariamente a correria de trabalhar no João XXIII. “Somos responsáveis por fiscalizar o contrato da produção e entrega final das seis refeições preparadas diariamente para o João e o Infantil - para pacientes, acompanhantes, servidores, além de dietas especiais”, explica. Somente no refeitório da unidade passam uma média de 750 servidores por dia. “É uma grande produção”, afirma. 

Troca de papéis 

A auxiliar administrativo Irene do Carmo é servidora há 37 anos e também já passou duas vezes pela experiência de ser paciente no HJXXIII. A primeira, em 2023, após um atropelamento, e a última, em fevereiro deste ano, depois de uma queda. “Fui muito bem atendida”, afirma ela, que é só elogios quando perguntamos o que o João significa em sua vida. “Sinto muito orgulho de trabalhar aqui. A demanda é muito grande, o telefone toca a cada minuto, é uma correria, mas gosto muito”

A empatia é o que rege o serviço da coordenadora da Hotelaria do Complexo de Urgência, Vânia Fernandes, há 38 anos trabalhando no João XXIII. “Sempre digo para a minha equipe que temos que nos colocar no lugar do outro na hora de fazer o nosso serviço”, afirma.  

Ela ressalta a importância do hospital na vida dos mineiros. “Temos excelentes profissionais. É um hospital que tem um papel preponderante para todo o estado e até para o país”.

Os pacientes reconhecem o trabalho. Fábio Costa é pai da Luiza, de 8 anos, e é muito grato pelo atendimento que a menina recebeu na unidade quando sofreu, em 2018, uma grave queimadura com ferro de passar roupa. “Luíza ficou 14 dias internada. O atendimento que recebemos foi maravilhoso. Todos têm um carinho enorme com pacientes e acompanhantes. Sou muito grato à equipe do Hospital João XXIII”, conclui.



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