Estudo comprova potencial de Minas Gerais para se tornar referência nacional na cadeia produtiva da silvicultura

Levantamento encomendado pelo Governo de Minas aponta vantagens de se investir no estado

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O potencial de desenvolvimento econômico de Minas Gerais vai além de setores consolidados, como o agropecuário e a mineração. Isso foi confirmado por um estudo encomendado pelo Governo de Minas, que destaca as oportunidades do estado no setor de base florestal e, consequentemente, na silvicultura.

A atividade envolve o estudo e a aplicação de tecnologias voltadas ao cultivo de florestas, com destaque para o eucalipto, matéria-prima para diversos setores estratégicos em Minas. Encomendado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e sua vinculada Invest Minas, junto ao Grupo Index, consultoria especializada, o levantamento aponta inúmeras vantagens para que ocorra investimento nesse setor no estado.

“Entre os principais setores beneficiados, podemos destacar a siderurgia, com a produção de aço verde e outros segmentos que demandam biomassa (energia renovável). É mais um segmento com potencial para incrementar nossa economia verde e para gerar mais empregos”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.

Vantagens

Atualmente, Minas já detém a maior área plantada de eucalipto no Brasil, com 2,2 milhões de hectares de florestas. As regiões Central, Norte e Noroeste do estado são indicadas como as mais competitivas para novos empreendimentos.

Elas se destacam por dois motivos: disponibilidade de grandes propriedades e valores de terra nua competitivos, quando comparado a outros estados de tradição florestal no Brasil. Mas não é só isso que faz de Minas um celeiro de oportunidades.

O estado, como um todo, conta com uma extensa área propícia ao cultivo de florestas plantadas, especialmente de eucalipto, além de um clima favorável que permite uma produtividade competitiva quando comparado a centros tradicionais, como Mato Grosso do Sul.

Além disso, a localização de Minas facilita a logística de escoamento da produção, tanto para o mercado interno quanto para o comércio exterior. O estado possui uma malha viária estruturada, proximidade com importantes portos e uma rede ferroviária eficiente, reduzindo custos operacionais.

Vale destacar que o mercado de celulose tem crescido globalmente, impulsionado pela demanda por embalagens sustentáveis e papel tissue. Diante das ODS da ONU para o meio ambiente, as metas do Brasil para 2030 e a substituição do plástico por produtos biodegradáveis, Minas se torna estratégico para investimentos no setor.

“Minas já é referência em florestas plantadas e tem uma indústria robusta que movimenta siderurgia, celulose e bioenergia. Com incentivos estratégicos e um ambiente de negócios favorável, o Governo de Minas, por meio da Invest Minas, está pronto para conectar investidores”, garante o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Levantamento

O estudo surgiu da necessidade de se identificar oportunidades para o desenvolvimento da indústria florestal em Minas. Ele foi conduzido com base em análise territorial, geoespacial, de mercado, socioeconômica e consulta a bases de dados.

O trabalho ainda contou com o apoio de atores da cadeia de base florestal, incluindo grandes players e especialistas do setor, além da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif).

“O estudo reforça a importância de Minas como um polo estratégico para a indústria florestal no Brasil, sendo, possivelmente, o próximo site para a instalação de um grande empreendimento (fábrica de celulose), considerando o aumento da concorrência em regiões como Mato Grosso do Sul”, resumiu o sócio-diretor do Grupo Index, Marcelo Schmid.



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