Com foco em industrialização, Presídio de Itajubá capacita 20 detentos para linha de produção de portas e janelas em alumínio 

Empresa com reconhecimento no mercado nacional aposta no sistema prisional mineiro para montar parte da produção; expectativa é empregar até 60 presos  

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O funcionamento de mais uma parceria do Governo de Minas com a iniciativa privada no sistema prisional mineiro teve início na segunda-feira (7/4). Um galpão de trabalho de 600 metros quadrados instalado no Presídio de Itajubá, localizado no Sul de Minas, empregará, inicialmente, 20 presos na montagem de portas e janelas feitas em alumínio.
 

Sejusp-MG / Divulgação

Nesta primeira etapa, os detentos passarão por treinamento e fase de adaptação. A expectativa de produção é de que sejam montadas entre 350 e 500 portas por dia.

As atividades de treinamento e produção serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os presos terão direito a remição de pena, para cada três dias de trabalho, um a menos na pena, e serão remunerados com 75% do valor de um salário mínimo.

Para alcançar a produção desejada pela empresa, o número de presos empregados deve passar de 20 para 60 à medida que a produção diária crescer.

Reconhecimento

O sistema prisional mineiro conta com 18.214 presos trabalhando e 637 parcerias vigentes com empresas privadas e instituições públicas.

Por três vezes consecutivas, o sistema prisional mineiro foi o mais premiado com o Selo Resgata, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que incentiva, estimula e reconhece as organizações que empregam pessoas em privação de liberdade.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG), Rogério Greco, reforça que parcerias como esta devem ser celebradas. “Queremos presos trabalhando com aquilo que, de fato, trará retorno pessoal e profissional. Nosso foco é indústria e capacitação. Estamos no caminho certo e avançando”, ressalta Greco.

Foco no trabalho  

O diretor do Presídio de Itajubá, Marcelo da Silva Castro, considera a parceria de trabalho com a Industrial Brasileira de Alumínio e Plástico (Ibrap) um exemplo notável de colaboração entre o setor público e o privado.

“Essa iniciativa é um marco para o presídio e para a vida dos participantes, que terão a chance de aprender uma profissão, desenvolver novas habilidades e reconstruir seu caminho com dignidade”.

Em Itajubá, há 140 presos trabalhando em cinco parcerias ativas com a iniciativa privada e em sete oficinas de projetos sociais. Dentro da unidade prisional há atividades no ramo da panificação, cozinha industrial, fábrica de artigos para bebês e uma fábrica de peças religiosas.

A unidade também é referência na região em projetos voltados para a comunidade: fabricação de brinquedos em madeira, reformas de bicicletas, produção de vassouras ecológicas, entre outros.



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