Pronunciamento do governador Romeu Zema na cerimônia de entrega da Medalha JK

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A nossa história mostra que Minas Gerais é um celeiro de governantes que marcaram a política e o desenvolvimento do Brasil. Não é por acaso que nos reunimos em Diamantina hoje para celebrar o ex-presidente e ex- governador de Minas, Juscelino Kubitschek, um dos maiores homens públicos que o país já teve.

Quem não se lembra dos 50 anos em 5 de JK? E das reformas que aceleraram a economia do Brasil, gerando empregos e renda para a população, com grandes obras, fortalecimento da indústria e de outros setores essenciais, como o de transporte e de energia.

A revolução liderada por JK levou o Brasil a outro patamar econômico e social, inclusive com destaque no cenário internacional. Mas é importante a gente olhar para a história com sabedoria para ver que o grande legado de JK não foram as obras, nem mesmo a ousada construção de Brasília. A principal marca deixada por ele, sem dúvidas, foi o caminho que abriu para as décadas seguintes de desenvolvimento.

Por isso, hoje estamos homenageando personalidades que também pavimentaram a estrada de forma pioneira, inspirando outras pessoas e abrindo as portas para um futuro mais promissor. Como o nadador Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, nascido na cidade mineira de Santa Luzia, e o nosso maior medalhista nos Jogos Paralímpicos de Paris. E a Ana Patrícia, mineira de Espinosa, que enfrentou muitas dificuldades para jogar vôlei desde a adolescência, e agora se tornou medalhista de ouro nas Olimpíadas. Os dois são exemplos para as próximas gerações, que serão motivadas por suas histórias de sucesso.

Como governador de Minas Gerais, esse também é meu maior objetivo: deixar um legado inspirador para os próximos governantes. Nós melhoramos a saúde e a educação, atraímos investimentos inéditos, fechamos parcerias com grandes empresas, batemos recordes de empregos e nos tornamos líderes em sustentabilidade, especialmente no setor de energia renovável. Isso tudo com apoio do setor produtivo, das prefeituras e dos órgãos de Justiça. São muitos os nossos parceiros, como o desembargador Rogério Medeiros, do TJMG, outro homenageado com a Medalha JK hoje, e que está sempre à disposição para dialogar e ajudar na resolução de problemas, assim como é a postura do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Também estamos homenageando hoje os profissionais das nossas Forças de Segurança. Minas Gerais só poderá crescer e ser uma terra de oportunidades se os mineiros estiverem seguros. E só conseguimos preservar a tranquilidade com a dedicação de homens que arriscam suas vidas para nos proteger. Recentemente estive no Rio de Janeiro, Estado que enfrenta uma crise histórica de violência. E conversando com as pessoas que me perguntaram sobre a questão da segurança em Minas, eu tive muito orgulho de dizer que graças a competência e a seriedade dos policiais militares, policiais civis, bombeiros militares e policiais penais mineiros, aqui em nosso Estado a situação é bem diferente, e bandido não tem vez.

Temos os menores índices de crimes violentos do País, a maior taxa de elucidação de homicídios e a polícia menos letal do Brasil. Por isso, essa justa homenagem a esses agentes que levam segurança aos mineiros e tanto me orgulham. Só com tranquilidade para se viver, trabalhar e investir que Minas terá um futuro de prosperidade.

Para além da segurança pública, tenho construído um legado de melhorias em Minas em todas as áreas, focado na mudança de cultura da gestão, garantindo que os próximos governadores possam dar continuidade a um grande plano econômico e social para o mineiro. O meu compromisso vai muito além de obras inauguradas em oito anos enquanto estou na cadeira de governador, quero garantir décadas de desenvolvimento sustentável para Minas Gerais.

A minha gestão teve a coragem e a vontade de tirar do papel grandes projetos que os mineiros aguardavam há muitos anos. Isso inclui um investimento bilionário na Cemig, garantindo a melhoria da geração e da distribuição de energia em Minas nos próximos anos, e a inauguração de cinco Hospitais Regionais — uma ação que vai levar atendimento médico de qualidade para mais perto dos mineiros, evitando que a população precise percorrer longas distâncias para realizar uma consulta ou fazer um exame.

Eu fico muito feliz de ver que parte dessa transformação já é uma realidade. Em Minas Novas, conheci o seu Geraldo, de 56 anos. Até pouco tempo, ele gastava mais de 10 horas para vir até aqui em Diamantina fazer a hemodiálise e voltar para casa. Esse caminho ele fazia dia sim, dia não. Ele me contou que não conseguia ter qualidade de vida, porque um dia estava em viagem e tratamento, no outro só conseguia descansar.

O meu governo criou um centro de hemodiálise em Minas Novas, e hoje, seu Geraldo gasta poucas horas para fazer seu tratamento na cidade em que mora. Com mais tempo e conforto, ele consegue ter uma vida muito melhor e mais produtiva. É nesse caminho que queremos avançar, para que mais pessoas tenham saúde na porta.

Outra transformação importante tem acontecido no transporte público. Muita gente achava que a ampliação do Metrô da Região Metropolitana de BH seria para sempre um folclore. Porque não é uma obra que se faz em um ano, ao contrário, é uma obra longa. E muitos governantes anteriores prometeram, mas não fizeram, muito provavelmente, porque não seriam eles que iriam inaugurar esse projeto. Comigo, o novo Metrô está saindo do papel, independente de quem será o governador que irá celebrar o início da operação da nova linha, ela será construída.

No mesmo caminho, iniciamos os trabalhos para a construção do Rodoanel Metropolitano, a maior obra viária da década em Minas Gerais. Esse é mais um projeto que será inaugurado por um futuro governador, mas que é urgente. Serão 100 km de estrada, passando por 11 cidades, em um projeto que tem a previsão de evitar 1.000 acidentes por ano. Conversando com os prefeitos beneficiados, eles relatam que o Rodoanel tem sido importante para que empresas vejam esses municípios com maior potencial de investimento, porque agora eles terão uma estrada confortável e segura para otimizar o escoamento de diversas produtos importantes para a economia mineira.

E por fim, outro grande projeto do meu governo é o Vale do Lítio, que tem levado emprego, renda e mais qualidade de vida para o Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas. A partir da exploração desse mineral tão versátil para a economia mundial, usado desde a fabricação de baterias elétricas até a produção de remédios, estamos vendo a transformação dessa região, que no passado foi conhecida como Vale da Miséria, um apelido muito pejorativo, mas hoje se transformou no Vale da Esperança.

Em pouco mais de um ano, mais de duas mil empresas foram abertas na região. E centenas de jovens estão sendo qualificados em programas de formação profissional da minha administração, justamente para ocupar as vagas geradas por causa do lítio.

Tenho certeza de que, se os governadores anteriores de Minas e os presidentes do Brasil tivessem seguido o exemplo de JK, pensando na melhoria da qualidade de vida das pessoas, e não apenas em promover os seus próprios governos, Minas e todo o país estariam em uma situação de desenvolvimento muito melhor. Quero ser lembrado não apenas por obras e realizações do presente, mas por ter contribuído com a mudança de cultura e a forma de fazer gestão pública, a partir de um governo focado em investir nas pessoas — e não na conquista do voto no período eleitoral, que deve ser apenas a consequência natural para quem faz um bom trabalho.

Viva JK!

Viva o Vale do Jequitinhonha! Viva os Mineiros!

Viva o Brasil!