Empresa de fundo árabe vai investir em biocombustíveis de macaúba no Norte de Minas

Governo do Estado anuncia investimento da Acelen durante a COP28, em Dubai

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Minas Gerais vai ganhar, em breve, um importante projeto no setor de biocombustíveis. A empresa de energia Acelen vai instalar em Montes Claros, no Norte de Minas, um Centro de Inovação e Tecnologia para o desenvolvimento agroindustrial da produção de óleo vegetal e demais produtos a partir da macaúba.

O investimento será de R$ 125 milhões, com previsão de geração de 260 empregos. O anúncio foi feito durante a participação mineira na 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes.

A unidade da Acelen terá um programa de melhoramento genético, produção de mudas e manejo agronômico, visando a qualidade do produto, a redução dos custos de produção e a expansão do cultivo.

Entre os subprodutos da macaúba estão os biocombustíveis, como o biodiesel, e também combustível para aviação, que reduzem a emissão de gases de efeito estufa (GEE), minimizando o impacto ambiental. A empresa já adquiriu um terreno de 150 hectares para a instalação do empreendimento.
 

Imprensa MG / Divulgação

“É motivo de comemoração Minas Gerais ter agora, em Montes Claros, a perspectiva da inauguração desse centro de pesquisa e produção das mudas e, também, a possibilidade de expansão das plantações de macaúba que vão alimentar as usinas que serão instaladas pela Acelen ao longo do tempo. Boa notícia para Minas Gerais, com geração de riqueza agregando tecnologia, qualificação e oportunidades para o povo mineiro”, destacou o vice-governador do estado, Professor Mateus.

A Acelen é uma das empresas geridas pelo Mubadala Capital, subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor soberano global com sede em Abu Dhabi e presente em mais de 50 países, nos mais diversos setores.
 

Invest Minas / Divulgação

Para o diretor de Atração de Investimentos da Invest Minas, Leandro Andrade, a empresa agrega muito valor à economia mineira.

“Estamos muito satisfeitos em ver que um fundo global dessa magnitude escolheu Minas Gerais para um dos seus principais projetos de economia verde no Brasil. Isso mostra ao mundo inteiro que nosso estado se tornou uma opção segura e confiável para receber investimentos robustos em sustentabilidade, o que significa mais recursos para as cidades e mais empregos para os mineiros”, afirmou.

Anúncios e ações

Este é o segundo novo projeto na área da sustentabilidade para o estado revelado durante a participação de Minas Gerais na COP28.

Na terça-feira (5/12), a Harsco Environmental anunciou que vai investir R$ 220 milhões na ampliação da unidade de coleta e beneficiamento de resíduos industriais em Timóteo, no Vale do Aço, gerando em torno de 70 novos postos de trabalho.

Entre os produtos obtidos com a reciclagem de resíduos da siderurgia estão a sucata metálica (matéria prima fundamental para produção de aço), a  neobrita (brita ecológica de origem 100% reciclada); e o agrosilício (fertilizante e corretivo de solo de origem com certificação de redução em 95% de gases de efeito estufa).

O Governo de Minas, junto a organizações privadas nacionais e internacionais, também realizou o Minas Day, que apresentou aos participantes da COP28 ações e iniciativas de sucesso que já estão em curso para mitigar os impactos das mudanças climáticas, como o Plano de Ação Climática e cases de empresas.



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