Workshop destaca avanços do Plano Estratégico Ferroviário de MG

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Seinfra / Divulgação

Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) realizou a a segunda edição do workshop do Plano Estratégico Ferroviário (PEF) de Minas Gerais. Por videoconferência, foram apresentados os avanços dos estudos que vão possibilitar a implantação e operação de uma nova estrutura ferroviária no estado.

Mais de cem participantes acompanharam os trabalhos nessa quinta-feira (2/7), entre representantes da sociedade civil, do Poder Legislativo e de instituições ligadas ao setor.

Cronograma

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, explica que o cronograma de desenvolvimento do PEF segue como o esperado, mesmo diante das restrições impostas pela covid-19. Ele reforça, ainda, a importância dos estudos para a implementação de uma nova estrutura ferroviária em Minas.

“O plano representa o esforço técnico do que nós queremos ter, do que queremos fazer em relação às ferrovias no estado. O PEF não será uma publicação que vai ostentar nossas bibliotecas, mas nosso passaporte, o nosso tíquete de entrada para uma discussão técnica bem sustentada, com interlocutores que podem nos auxiliar nesse momento, como é o caso do próprio governo federal”, enfatiza.

As apresentações do workshop abordaram os principais avanços no processo de seleção das propostas de trens turísticos e trens regionais, e também detalharam parte do trabalho que está sendo desenvolvido sobre as propostas de ferrovias para o transporte de cargas e passageiros.

Trens turísticos e regionais

Até agora, oito propostas foram selecionadas em classificação que utilizou metodologia multicriteriosa em relação a temas como capacidade turística atual, variáveis socioeconômicas e capacidade ainda disponível para viagem de passageiros. Na seleção estão trechos entre Poços de Caldas – Águas da Prata, Além Paraíba – Além Paraíba e Viçosa – Cajuri.

Quanto aos trens regionais, foram escolhidas sete propostas, baseadas na mesma metodologia, tomando como referência, entre outros critérios: a situação geral do trecho (em termos de infraestrutura e funcionalidade); status da linha (em termos da operação atual); e variáveis socioeconômicas (frequência dos deslocamentos regionais no eixo, quantidade de deslocamentos por motivo trabalho interno ao eixo, capacidade ainda disponível para viagem de passageiros). 

Entre as propostas selecionadas estão as dos trechos: Divinópolis – Lavras; Araguari – Uberaba; e Poços de Caldas – Campinas (SP).

Trens de carga

Os estudos também avançaram no desenvolvimento do diagnóstico da alocação preliminar de cargas nas linhas propostas.

Para a definição, foi considerado o cenário de alguns trechos independentes e também de grandes corredores ferroviários, aspectos como a demanda atual por transporte ferroviário e o diagnóstico da oferta. Nesse contexto, foram detalhadas malhas, ativos logísticos e operações das concessionárias atuantes no estado. O grupo avaliou, ainda, as  áreas de influência e revisão das matrizes origem/destino de transporte de cargas em Minas e no restante do Brasil.

Continuidade

Além das propostas apresentadas no workshop, outras atividades estão em curso no momento. Temas como análise de pré-viabilidade, definição de receitas, custos operacionais e investimentos do transporte metropolitano por trens têm sido estudados. A expectativa é de que a consolidação do Plano seja feita até o final deste ano.

​O workshop foi apresentado por representantes da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pela elaboração dos estudos, e contou com a participação da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), patrocinadora do Plano, e a equipe da Superintendência de Transporte Ferroviário da Seinfra.

A sequência das próximas etapas dos estudos elaborados pela FDC será apresentada em mais seis encontros previstos para os próximos meses.