Funed participa de Workshop sobre Vigilância das Síndromes Gripais

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Entre os dias 5 e 7/7, a referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses (SVR) da Fundação Ezequiel Dias (Funed), André Leal, participou do Workshop Vigilância das Síndromes Gripais, em Brasília. O evento foi organizado pelo Ministério da Saúde (MS) e contou com a assistência técnica do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Também como representante das Unidades Sentinela de Síndromes Gripais do estado, esteve presente a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Bruna Tourinho. 

André participou como integrante das equipes de vigilância das síndromes gripais, que abrangem tanto os laboratórios quanto a vigilância epidemiológica. Para a referência técnica do SVR, a troca de experiências com profissionais de todo o Brasil faz a diferença no dia a dia do trabalho na Funed. “No que se refere à vigilância laboratorial, podemos observar o que outros lugares do Brasil executam. Já em relação à epidemiologia, as discussões nos permitem perceber quais as necessidades da vigilância epidemiológica e como nós podemos contribuir para um sistema integrado”, frisou. 

Sobre o evento 

Recentemente, a rede de vigilância das síndromes gripais no Brasil passou por grandes mudanças em resposta à pandemia de covid-19, incluindo o uso generalizado da rede para vigilância da doença. Como parte de esforços mais amplos para avaliar a situação atual e fortalecer a preparação para futuras doenças respiratórias pandêmicas, a coordenação de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do MS solicitou assistência técnica ao CDC, dos Estados Unidos. 

Esse apoio está focado em apoiar o Ministério da Saúde na identificação de estados com maior risco de surtos de doenças respiratórias, com base em múltiplos fatores, a fim de identificar áreas que requerem investimentos e apoio direcionados, a fim de aumentar a preparação para a próxima pandemia ou epidemia de doenças respiratórias no Brasil. A oficina em Brasília da última semana marcou o início dessas discussões, trazendo colaborações de profissionais de diferentes estados do Brasil.  

Atuação em Minas Gerais 

Na Funed, o Laboratório de Vírus Respiratórios atua em conjunto com as secretarias municipais e estadual de Saúde, assim como com o Ministério da Saúde, no sentido de atuar como vigilância sentinela, auxiliando a mapear possíveis riscos de novos patógenos e pandemias. 

Somente neste primeiro semestre de 2023, foram processadas e liberadas 10.444 amostras. Em 2022, durante o mesmo período, foram processadas aproximadamente 15 mil amostras no primeiro semestre, destacando-se em janeiro desse período a onda da variante Ômicron. Já em 2020, primeiro ano da pandemia, foram processadas 21.730 amostras e, em 2019, ano aparentemente normal, 4.387 amostras foram processadas. 

Atualmente, o maior foco de preocupação em relação aos vírus respiratórios se refere ao monitoramento do vírus Influenza de alta patogenicidade (H5N1). Dia após dia, o Ministério da Agricultura (Mapa) vem confirmando novos focos da doença em aves no Brasil. No entanto, até o momento, não há casos confirmados em humanos no país. Do ponto de vista laboratorial, já existe uma estratégia definida pelo Ministério da Saúde para ampliação da testagem caso aconteça contaminação em humanos.