Funed aguarda autorização para enviar bolsas de soro para análise

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Objetivo da Fundação Ezequiel Dias (Funed) é retomar, ainda em 2023, a produção de soros contra animais peçonhentos, paralisada há quase 7 anos. Entretanto, para concretizar esse retorno tão importante para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), alguns trâmites precisam ser solucionados. Entre eles, está a necessidade de verificação da qualidade do soro já produzido na instituição. Essa validação é feita pela Sartorius, empresa alemã, produtora e fornecedora das membranas filtrantes da fábrica de soros da Funed.

A fim de resolver o impasse, o presidente da Funed, Felipe Attiê, visitou o escritório da Sartorius em São Paulo, na sexta-feira (18/8). Ele esteve com representantes da empresa, o manager da Sartorius no Brasil, Rogério Mendes, e o manager na América Latina, Erick Sabido. 

Na conversa, Rogério Mendes esclareceu que, para fazer a análise das bolsas de soro em seu parque industrial em Porto Rico (EUA), a empresa alemã precisa de permissão do Departamento de Agricultura dos EUA. “O problema é que nós já submetemos toda a documentação, há dois meses, e até agora não nos deram um prazo”, afirmou. O manager ainda se comprometeu a dar início às análises assim que sair a licença e as amostras das bolsas de soro chegarem a Porto Rico.
Importante ainda salientar que, para dar continuidade à iniciativa de retornar com a produção de soros na Funed é necessário que a Sartorius verifique a qualidade do soro já produzido com base nas suas membranas filtrantes. Etapa essa que precede a inspeção conjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Vigilância Sanitária Estadual (Visa-MG) para certificar a Funed com as Boas Práticas de Fabricação (BPF).

O presidente da Funed, Felipe Attiê, afirmou que está em busca da solução do problema e reafirmou a importância do soro. “Precisamos reabrir a fábrica de soros, há quase sete anos fechada. Isso é crucial para a produção de soros antiofídicos e antipeçonhentos, tão importantes para o Brasil e para toda a América Latina, visto que somente o Butantan está suprindo a falta de soro no país”, concluiu.