Filarmônica une música e teatro no programa “Fora de Série”

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No dia 30 de março, às 18h, na Sala Minas Gerais, os atores Léo Quintão, Juliana Martins e Arildo de Barros, a figurinista Camila Morena da Luz, sob direção de cena de Chico Pelúcio, se juntam à Filarmônica de Minas Gerais, com regência do maestro Fabio Mechetti, para mostrar música e teatro lado a lado em mais uma concerto “Fora de Série”.

Integram o repertório “Tamos, Rei do Egito”, de Mozart; “Sonho de uma noite de verão”, de Mendelssohn; “Peer Gynt”, de Grieg; e “Abertura-Fantasia”, de Tchaikovsky.

O programa “Fora de Série” – com nove concertos ao longo do ano – vai explorar a conexão da música com outras manifestações, como dança, teatro, cinema, mitologia, pintura, religiosidade e a literatura.

Este concerto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e o Ministério da Cidadania, com apoio do Teatro Universitário.

Tamos, Rei do Egito

Ao contrário de sua intensa e constante dedicação à ópera, Mozart escreveu apenas uma música para teatro, a “Tamos, Rei do Egito”. Os coros e números instrumentais para o drama de Tobias von Gebler, compostos no final de 1773, foram retrabalhados em 1779 por ocasião da reapresentação em Salzburgo.

O exame comparativo das duas versões permite avaliar o imenso progresso realizado entre elas. Ciente da superioridade de sua música sobre o texto, Mozart procurou libertá-la da tendência estritamente programática. Assim, à parte os três magníficos coros, os quatro números puramente instrumentais soam, em sequência, como movimentos de uma pequena sinfonia.

Sonho de Uma Noite de Verão

Em julho de 1826, a compositora Fanny Mendelssohn recebeu uma carta em que seu irmão, o jovem Felix Mendelssohn, contava que, em breve, começaria a “sonhar o sonho de uma noite de verão”. Sua primeira performance ocorreu em casa, num dueto para piano com a irmã. Com 17 anos à época, Mendelssohn preparou a orquestração da abertura para sua primeira execução pública, já em fevereiro do ano seguinte. No entanto, o restante da obra só foi composto em 1843.

“Sonho de uma noite de verão”, harmoniosamente construído a partir da peça homônima escrita por William Shakespeare em 1595 e 1596, revela seu próprio ideal da composição romântica.

Peer Gynt

O trabalho mais conhecido do norueguês Edvard Grieg é “Peer Gynt’. O convite para escrever a música incidental, para a peça homônima, veio em janeiro de 1874, pelo próprio autor da obra, o dramaturgo Henrik Ibsen. Grieg teve muitas reservas no processo devido à dificuldade de transformar em partitura “o mais não-musical dos assuntos”. A composição ocupou mais tempo do que o esperado, e sua primeira execução pública só ocorreu em 24 de fevereiro de 1876, com encenação e música.

Abertura-Fantasia

Entre os muitos textos literários que lhe serviram de inspiração, Tchaikovsky se comovia particularmente com a estória de Romeu e Julieta, a obra mais popular de Shakespeare. Em sua “Abertura-Fantasia”, Tchaikovsky não se propõe a ilustrar ou seguir a narrativa de toda a peça de Shakespeare. Preferiu evocar a tragédia, fundamentando sua composição em três temas que retratam: o frade Lourenço; a guerra entre os Montéquio e os Capuleto; e o amor dos jovens amantes.

Atores

Juliana Martins é integrante da Cia Absurda de Teatro, atuando como atriz, assistente de direção e produtora, participou de diversas companhias e montagens, como a Cia Acaso e a Malarrumada. Ao longo da carreira, Juliana colaborou com alguns filmes, como o longa “Batismo de sangue”, de Helvécio Ratton, e o curta “A língua do p”, de Fernanda Preta. Já foi aluna de Grace Passô (Brasil) e de Hugo Moss (Irlanda) e dirigida por Chico Pelúcio, Eid Ribeiro, Cida Falabella e Eduardo Moreira. Formada em Teatro no Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado e em Música na UFMG, Juliana ministra aulas e oficinas no Galpão Cine Horto.

Léo Quintão é designer gráfico, produtor cultural, locutor e ator, além de fundador e integrante da Cia Pierrot Lunar, com atuação em mais de 15 espetáculos. Em novelas, participou de “A lei do amor”, “Haja coração” e “Sete vidas”, além de outras produções do Canal Brasil e da TV Futura. No cinema Léo já participou de mais de uma dezena de filmes como “Batismo de Sangue”, de Helvécio Ratton, “Atrás dos olhos das meninas sérias”, de Carlos Canela, e “O menino no espelho”, de Guilherme Fiúza.

O diretor

Ator e diretor de teatro, Chico Pelúcio é integrante do Grupo Galpão. Sua trajetória se cruzou com a trupe na década de 1980. Em 1998, liderou a concepção e criação do Galpão Cine Horto, centro cultural onde, desde então, atua como coordenador geral casa. Participou da concepção e da coordenação geral dos dois primeiros Festivais Internacionais de Teatro de Rua de Belo Horizonte – FIT BH. Sua trajetória envolve ainda a direção de espetáculos em diversas companhias, como a Cia Burlantins, Camaleão Grupo de Dança e Circo Roda de São Paulo.

O narrador

Arildo Barros é ator do Grupo Galpão onde começou como assistente de Gabriel Villela em “Romeu e Julieta” e no elenco de “A rua da amargura”. Antes disso, atuou em peças marcantes sob direção de Ítalo Mudado, Amir Haddad, Paulo César Bicalho, Carlos Alberto Ratton, Jota D’Ângelo e Eid Ribeiro. Arildo lecionou na PUC Minas, levando à cena textos nacionais e estrangeiros. Atuou no cinema e na TV e foi premiado como melhor ator por “Fala baixo senão eu grito”, “O encontro marcado”, “Um homem é um homem” e “O inspetor geral”.

A figurinista

Camila Morena da Luz é figurinista, atriz e bacharel em Artes pela Universidade de Brasília. Entre outros, foi responsável pela criação de figurino dos espetáculos “Os ancestrais” (direção de Grace Passô), “Proibido retornar” e “Estado de coma”, do Grupo Teatro Invertido, Zucco (direção de Amaury Borges), “Manga, mangueira meu pé de brincadeira” (direção de Chico Pelúcio e Kenia Dias), “Sonho de uma Noite de São João” (direção de Paulinho Polika), “Arriscamundo” (direção de Kenia Dias) e “O gol não valeu”, da ZAP 18 (direção de Cida Falabella), com indicação de melhor figurino no prêmio Simparc/Copasa 2017. No Galpão Cine Horto, coordenou os “Núcleos de Pesquisa” e foi professora do “Núcleo de Pesquisa em Figurino”.

Serviço:

“Fora de Série”

Data e horário: 30/3 às 20h30

Local: Sala Minas Gerais

Programa

“Música e Teatro”

Wolfgang Amadeus Mozart (Áustria, 1756 – 1791): Tamos, Rei do Egito, K. 345/336a

Felix Mendelssohn (Alemanha, 1809 – 1847): Sonho de uma noite de verão, op. 61: Suíte

Edvard Grieg (Noruega, 1843 – 1907): Peer Gynt: Suíte nº 1, op. 46

Piotr Ilitch Tchaikovsky (Rússia 1840 – 1893): Romeu e Julieta: Abertura-Fantasia

Corpo artístico

Fabio Mechetti, regente

Juliana Martins, atriz

Léo Quintão, ator

Chico Pelúcio, diretor de cena

Arildo de Barros, dramaturgo e narrador

Camila Morena da Luz, figurinista

Ingressos: R$ 46 (coro) R$ 52 (balcão palco) R$ 52 (mezanino), R$ 70 (balcão lateral), R$ 96 (plateia central) e R$ 120 (balcão principal) R$ 140 (camarote par). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações pelo telefone ou pelo site: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br.