BDMG Cultural promove bate-papo com pesquisadores em premiação cultural

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Na próxima quinta-feira (13/6), às 19h30, o BDMG Cultural realizará, em sua galeria de arte, uma roda de bate-papo sobre a história de Minas Gerais com os pesquisadores Caio Boschi, Clélio Campolina e Eliana Regina Dutra. O vencedor da edição 2019 do Prêmio Diogo de Vasconcelos, Tarcísio Gaspar, também participará da conversa e vai falar sobre o trabalho premiado “Tapanhuacanga em ruínas: história do Palácio Velho de Ouro Preto (c.1660-1825)”.

Selecionado entre 51 projetos inscritos, Tarcísio Gaspar é de Monte Santo de Minas. A sua pesquisa durou cerca de oito anos. “Ela teve início em fins de 2008, quando eu trabalhava como historiador vinculado à prefeitura de Ouro Preto”, conta. O início do trabalho se deu a pedido do prefeito Angelo Oswaldo na época que, por curiosidade, solicitou um relatório sobre o Palácio Velho, lugar da cidade que, segundo Gaspar, ninguém – nem ele ou qualquer outro servidor da secretaria de Patrimônio – jamais tinha ouvido falar. “Apesar de ter estudado história de Minas no mestrado, eu desconhecia o tema”, explica.

Tarcísio encontrou as ruínas do Palácio, localizado na região do bairro Antônio Dias, por indicação de moradores. Por ter experiência no casario setecentista de Ouro Preto, logo percebeu que havia muito mais que ruína. “Fiquei fascinado. Continuei pesquisando o tema mesmo após sair da prefeitura. Em 2011, ingressei no doutorado na USP com um projeto de pesquisa ligado à história do Palácio Velho”, conta Tarcísio.

O fato de morar no interior de Minas dificultou um pouco os trabalhos de pesquisa. “A carência de boas bibliotecas nas proximidades é um obstáculo. Mas a internet facilitou muito. Por exemplo, os fundos digitalizados do APM, disponíveis online, foram fundamentais na viabilização da pesquisa”, revela. Tarcísio precisou fazer constantes deslocamentos a Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. “A viagem de pesquisas em Portugal foi fundamental. Mas a principal dificuldade foi de ordem profissional”. O pesquisador precisou se desdobrar entre a pesquisa de doutorado com os compromissos de professor de história do IFSULDEMINAS por dois anos.

Com o prêmio de R$10 mil em mãos, o pesquisador sonha que este trabalho se transforme em livro e alimenta a expectativa de que novas pesquisas e produções culturais possam vir a partir desta conquista, explorando, por exemplo, a história da irmandade do Alto da Cruz, do Palácio Velho, e do mito de Chico Rei.

Para participar da roda de conversa não é necessário realizar inscrição. O acesso é gratuito.

Serviço:

Entrega do Prêmio Diogo de Vasconcelos e bate-papo sobre Minas Gerais: História e Pesquisa

(Com Caio Boschi, Clélio Campolia e Eliana Regina de Freitas Dutra, além do vencedor do prêmio, Tarcísio Gaspar)
Data/horário: 13 de junho (quinta-feira), às 19h30
Local: Galeria de Arte BDMG Cultural – Rua Bernardo Guimarães, 1.600, Lourdes – Belo Horizonte (MG)
Não é necessário realizar inscrição. Acesso gratuito.
Mais informações: (31) 3219-8691