Zema assina decreto que incentiva cooperativismo na agricultura familiar e agroindústrias

Setor responde por mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no Estado

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Governador lembrou que mais uma pauta importante do agronegócio avança na sua gestão
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O governador Romeu Zema assinou hoje (2/7), por meio de videoconferência, o Decreto 47.999, que regulamenta o Programa Estadual de Cooperativismo da Agricultura Familiar e Agroindústria de Minas Gerais, o Cooperaf-MG. Em 2019, as cooperativas representaram 10,2% do PIB do agronegócio no estado.

Entre os principais objetivos do programa, que será coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), destaca-se o apoio à organização dos trabalhadores rurais em economia familiar e das cooperativas da agricultura familiar e da agroindústria, o que inclui ações de formação, fomento, crédito, assistência técnica e extensão rural.

Zema lembrou que mais uma pauta importante do agronegócio avança na sua gestão, já que o assunto é discutido desde 2017. Para o governador, isso demonstra que sua administração está empenhada na simplificação da vida de quem produz, gera emprego e paga impostos.

“Estamos dando mais um passo com a assinatura deste decreto. É preciso olhar para quem realmente necessita: o pequeno produtor, que é aquele que não tem escala para comprar e para vender. Dessa forma, fortalecemos ainda mais a agricultura no estado”, afirmou.

Incentivo  

Para a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, o decreto incentivará a formação das cooperativas de agricultura familiar e agroindústria em Minas. “No ano passado, durante a crise no preço do café, os produtores que estavam organizados por meio de cooperativas conseguiram atravessar o período com mais tranquilidade. Isso demonstra a força do setor”, ressaltou.
 

Pedro Gontijo / Imprensa MG

O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, lembrou que as gigantes do cooperativismo são compostas por pequenos produtores. “Na Cooxupé, por exemplo, que é a maior cooperativa de café do mundo, 85% dos cooperados são pequenos. Sozinhos, eles não conseguiriam colocar um grão de café na Europa, Ásia e Oceania ”, disse.

Fortalecimento

O diretor técnico do Sebrae Minas, João Cruz Reis Filho, lembrou que onde o cooperativismo vai bem, a economia está aquecida. “Minas Gerais é um exemplo de governança no setor. Fortalecer o cooperativismo é potencializar o desenvolvimento econômico”, lembrou. 

O deputado federal e presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais, Vilson Luiz da Silva, destacou o trabalho desenvolvido pelo Governo de Minas. “A equipe entendeu nossas necessidades na construção do decreto. Hoje é um dia para comemorar”, afirmou.

Estiveram presentes, ainda, na solenidade virtual o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio; o subsecretário de Desenvolvimento Regional, Douglas Cabido; o diretor-presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza; a presidente da Epamig, Nilda de Fátima; o diretor-geral do IMA, Thales Almeida; o superintendente de Abastecimento da Seapa, Gilson de Assis; o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Albanez, e o presidente-diretor da União Nacional das Cooperativas Agricultura, Getúlio Gomes Vieira. 

História

A primeira cooperativa do Brasil foi criada em 1889 em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. Passados 131 anos, o estado ocupa a segunda colocação em número de cooperativas (756), sendo 25% ligadas à agropecuária (190), segundo o levantamento feito em 2020 pelo Sistema Ocemg.    



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