Série de estudos da FJP estreia no mês da mulher
Neste mês, serão quatro pesquisas com recorte de gênero. Primeira é sobre mercado de trabalho
Em comemoração ao mês da mulher, a Fundação João Pinheiro (FJP) programou, para março, o lançamento de quatro estudos focados na temática feminina. Abrindo a série de pesquisas, a instituição publicou nesta sexta-feira (8/3) o estudo “Mulher e Mercado de Trabalho”. Os indicadores são referentes a Minas Gerais no ano de 2018 e estão disponíveis na plataforma FJP Dados.
Entre os 276 mil postos de trabalho criados no estado em 2018, 53% foram ocupados por mulheres. No cômputo total, elas receberam uma média de 86% do rendimento por hora trabalhada dos homens. O estudo aponta também que, como a População Economicamente Ativa (PEA) feminina aumentou 1,6% e a masculina 0,7% no último ano, a população desempregada reduziu tanto para homens (85 mil pessoas) quanto para mulheres (67 mil pessoas).
Com isso, a taxa de desocupação retraiu para os dois grupos, passando de 10,7% em 2017 para 9,2% em 2018 para os homens, e de 14% para 12,5% para as mulheres neste mesmo período.
Rendimentos
Em relação à renda, a menor proporção ocorreu no grupo de profissionais das ciências e intelectuais, no qual o rendimento médio por hora das mulheres, embora elas sejam maioria nessa área, correspondeu a 68% do rendimento dos homens.
O contrário foi percebido nos grupos ocupacionais onde há uma proporção maior de homens, como as forças armadas, policiais e bombeiros militares, nas ocupações elementares e entre os trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca, que apresentaram proporção de rendimentos maior para as mulheres.
Taxa de participação, por sexo 2017-2018 (%)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNADc). Elaboração: Diretoria de Estatística e Informações (Direi), Fundação João Pinheiro (FJP).