Secretaria de Estado de Saúde apresenta ações sobre o desastre de Brumadinho

Estudo faz avaliação de risco em 28 municípios da bacia do Paraopeba e monitora a qualidade e o fornecimento da água para consumo humano

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostrou na quinta-feira (7/7), durante Seminário de Apresentação dos resultados da 1ª fase do Programa de Ações Integradas em Saúde de Brumadinho, os Projetos e Ações Estaduais de Saúde. No encontro, os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostraram os dados da pesquisa feita com cerca de 3 mil moradores dos distritos do município da Região Metropolitana de Belo Horizonte atingidos pelo desastre minerário em 2019, em que 272 pessoas morreram.

Na pesquisa foi detectada presença de metais acima do valor de referência tanto em crianças quanto em adultos. Para o coordenador da Pesquisa em adultos da Fiocruz Minas, Sérgio Peixoto, a divulgação desses resultados amplia a geração do conhecimento e apoia a tomada de decisões pelos agentes envolvidos. A coordenadora da pesquisa que abrangeu o público infantil, Carmem Froes, da UFRJ, disse que a presença de metais é normal, mas o nível atingido por cerca de 50% das crianças de 0 a 6 anos de Brumadinho exige um aprofundamento maior. Ela salienta que desde já a atenção básica de saúde e o monitoramento do ambiente do município devem ser intensificados. Em agosto uma nova rodada de coleta de dados das crianças será feita para a continuidade dos estudos.

Ações da saúde

As ações do município de Brumadinho têm sido executadas com a orientação da SES-MG e do Ministério da Saúde principalmente das áreas de vigilância em saúde e assistencial. O secretário de Saúde de Brumadinho, Eduardo Callegari, agradeceu as parcerias e falou sobre o esforço de todos os entes envolvidos para agilizar as ações.

O coordenador de Ações Reparatórias da Secretaria de Saúde de Minas, Luiz Fernando Prado, apresentou aos participantes as ações da SES-MG que incluem o estudo de avaliação de risco à saúde humana e contempla não só Brumadinho, mas os 28 municípios da bacia do Paraopeba. Cabe à secretaria aprovar a metodologia usada e acompanhar tecnicamente a condução dos estudos e das medidas a serem implementadas. Além disso a SES participa do monitoramento da qualidade da água para consumo humano desde janeiro de 2019 às margens do rio Paraopeba. A secretaria solicita ainda a instalação de sistemas de tratamento em locais que apresentam violações, além do fornecimento de água para consumo humano nessas áreas.

“Desde o estudo da Fiocruz temos conversado com diversas entidades envolvidas. Temos uma política de saúde sólida e com grande resposta na cidade”, explicou Prado. “Temos ainda ações em curso executadas mesmo fora do acordo”, completou o coordenador de Ações Reparatórias da SES-MG.

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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