Romeu Zema vai a Brasília pedir auxílio do governo federal para reparar danos causados pelas chuvas em Minas

Governador também cobrou mais investimentos em ferrovias que cortam o estado

imagem de destaque
  • ícone de compartilhamento

O governador Romeu Zema se reuniu, nesta terça-feira (23/2), em Brasília, com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e com o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, para pedir apoio do governo federal nos reparos aos danos provocados pelas fortes chuvas que atingiram Minas Gerais nos últimos dias.  

"Trouxemos uma lista de rodovias e vias que foram afetadas e que precisam de uma reparação urgente. E solicitamos verba do governo federal para que possamos realizar esses reparos com a maior agilidade possível", afirmou o governador após a reunião, que contou ainda com a presença dos senadores Antonio Anastasia e Carlos Viana.
 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou que o governo federal abriu crédito extraordinário de R$ 450 milhões em favor do Ministério do Desenvolvimento Regional. Parte do recurso será destinada aos municípios atingidos pelas chuvas em Minas.  

Estragos

A Zona da Mata foi uma das regiões mais afetadas pelas enchentes nos últimos dias. Somente em Carangola são, até o momento, 35 desabrigados e cerca de 1.100 desalojados. Em Santa Maria de Itabira, na região Central, seis pessoas perderam a vida após deslizamento de terra. Foram registrados estragos e alagamentos em vários pontos. O governador Romeu Zema esteve nos dois municípios para prestar solidariedade, conversar com moradores e autoridades e garantir apoio.

Marcos Brandão / Senado Federal

No estado, a Coordenadoria de Defesa Civil (Cedec) contabiliza 20 mortes desde outubro, quando iniciou o período chuvoso. As rodovias também foram danificadas, prejudicando o transporte de suprimentos.

Ferrovias

Outro ponto tratado na reunião do governador Romeu Zema em Brasília foi a participação de Minas, Espírito Santo e de Goiás nos recursos gerados pela renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

A FCA é explorada pela VLI, consórcio formado pela Vale, um grupo canadense e outro japonês. Para a renovação do contrato por mais 30 anos, a VLI teria de investir R$ 13 bilhões. Porém, segundo Zema e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ainda não há previsão de recursos para os estados que integram o corredor Centro-Leste, que começa em Goiás, passa pelo interior mineiro e chega ao porto de Vitória (ES).

Plano Estratégico Ferroviário Mineiro

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Fernando Marcato, explicou que o Executivo estadual pediu ao ministro Tarcísio Gomes de Freitas que considere o o Plano Estratégico Ferroviário Mineiro no Planejamento Ferroviário Nacional, que foi desenvolvido pelo Governo do Estado e pela Fundação Dom Cabral.  

Governo de Minas / Divulgação

"Temos no PEF, o Plano Estratégico Ferroviário Mineiro, mais de 50 projetos mapeados. Então, o pedido foi justamente que o ministério considere esses projetos e aloque recursos para eles. Queremos que o planejamento ferroviário nacional leve em consideração o PEF, seja nos investimentos das concessões que serão renovadas, ou seja com recursos de outorga, que serão destinados ao governo federal. Então, os recursos federais podem vir para subsidiar, para financiar parte dos projetos ferroviários mineiros", disse.

Marcato afirmou que o ministro ficou de avaliar quais serão as melhores alternativas para utilizar a malha rodoviária de forma mais intensa e adequada.

O encontro contou ainda com a presença de parlamentares Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás.



Últimas