Reservatório de Três Marias tem maior índice desde 2012

Volume de água na usina supera 80% de sua capacidade

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A importância da Usina de Três marias vai além da geração de energia
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Principal responsável pelo abastecimento de água e pela geração de energia para os municípios, a Usina Hidrelétrica de Três Marias, na região Central do estado, tem ainda grande importância no aquecimento da economia e do turismo da região. No início deste mês de maio, o reservatório se recuperou das severas secas dos últimos anos, atingindo um volume de 81% de seu volume útil. Este índice não era alcançado desde o período chuvoso de 2011-2012 e comprova que a política de gestão adotada pela Cemig, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Águas (ANA) está no caminho certo.

Apesar de ser uma das usinas da Cemig com maior potência instalada (396 megawatts), Três Marias assume um papel ainda mais essencial quando o assunto é abastecimento de água. “Sem esse recurso, a população das cidades a jusante e a montante, e o desenvolvimento econômico da região seriam muito prejudicados”, afirma o gerente de Planejamento Energético da Cemig, Marcelo de Deus Melo. “Turismo, aquicultura e pecuária correriam o risco de desaparecer, sem falar  em problemas para o abastecimento humano”, acrescenta.

A operação de Três Marias é fundamental para a regulação do Rio São Francisco, no trecho entre a barragem e a Usina de Sobradinho, na Bahia. “Os reservatórios do setor elétrico são operados sob a ótica dos múltiplos usos, desde a aprovação da Lei nº 994/2000, que criou  a Agência Nacional de Águas. Assim, durante os últimos anos da persistente crise hídrica, ainda no início do período seco de cada ano, tem sido fundamental a elevação da vazão defluente da usina, de modo a garantir todos os usos a jusante”, afirma Marcelo.

Um dos principais beneficiados pela usina tem sido o Projeto Jaíba, grande produtor de grãos e vegetais. “O uso que define a geração da Usina de Três Marias é o Projeto de Irrigação do Jaíba, localizado a mais de 300 quilômetros na Bacia do Rio São Francisco. Todas as decisões para atender esse importante projeto são definidas por um comitê liderado pela ANA, com participação do ONS, Cemig, Chesf e o Comitê da Bacia, dentre várias outras instituições, durante reuniões realizadas quinzenalmente”, destaca o gerente.



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