Projetos fomentam interesse pela pesquisa científica entre estudantes

Alunos se destacam em feiras científicas, como a UFMG Jovem, na qual foram apresentados 40 projetos de escolas da rede estadual

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Há cinco anos, a iniciação científica está presente no dia a dia dos alunos da Escola Estadual Newton Ferreira de Paiva, no município de Santo Antônio do Amparo. “O trabalho mais focado na pesquisa começou com objetivo de mostrar para a população que é possível mudar sua realidade por meio do estudo e aproximar a química da realidade dos estudantes”, conta a professora da disciplina na escola, Raquel Helena Campos.

Na EENFP, os dois trabalhos de destaque são “Ecosabão: sabão sustentável obtido da água reutilizada e tratada da máquina de lavar roupas” e “Ecokit de maquiagem: criação e desenvolvimento de um kit de maquiagem natural”. Os projetos foram, inclusive, destaques em feiras mineiras e nacionais. 

A aluna do 2º ano do ensino médio Ana Luiza Peixoto considera que trabalhar com iniciação científica ajuda muito no desempenho escolar. “Acho que todo mundo deveria participar de projetos assim. Faz com que o aluno seja mais dedicado e saiba se expressar melhor. Além disso, quando vamos para feiras, conhecemos muitas coisas diferentes”, afirma.

Trabalhar com iniciação científica influencia também nas outras disciplinas. “Envolve todas as áreas. Quando desenvolvemos um relatório, trabalhamos, por exemplo, a história e a língua portuguesa. Já a apresentação desenvolve a oralidade dos alunos”, conclui a professora Raquel.

Na Escola Estadual João Pinheiro, em Ituiutaba, o pensamento é o mesmo sobre os benefícios do desenvolvimento de pesquisas com os estudantes. “É importante habituar os alunos a buscarem conhecimentos desde cedo. Antes, quando pedia aos estudantes para fazer uma pesquisa, eles apenas copiavam da internet. Agora, eles sabem como tudo deve ser feito”, observa o professor de ciências, Pedro Gilberto Silva.

A meta da escola é trabalhar com os estudantes os projetos que serão apresentados na feira de ciências da própria instituição. A partir daí, serão definidas as iniciativas que serão levadas para eventos mineiros e nacionais. “A participação nas feiras é importante para troca de experiências entre os estudantes, e faz com que eles vejam que existe um caminho de conhecimento que eles podem trilhar”, conclui Pedro.

Destaque

Os resultados positivos fizeram com que a Escola Estadual Ana Mendes Pereira Dutra, em Manhuaçu, expandisse as atividades também para os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. “Antes, o nosso foco era a partir do 6º ano do ensino fundamental. Agora, começaremos a trabalhar desde o 1º ano. É importante os alunos já tomarem gosto pela pesquisa desde cedo”, relata a diretora Maria da Consolação Delogo.  

Na escola, o foco na iniciação científica começou há apenas dois anos, mas já rende bons frutos. A unidade de ensino foi uma das vencedoras da 20ª UFMG Jovem, realizada em setembro deste ano, com o estudo sobre o manejo ecológico e controle de pombos na comunidade de São Pedro do Avaí. O projeto, desenvolvido por alunos do 9º ano, conquistou o primeiro lugar na categoria ensino fundamental.

Já o projeto do Ecosabão, dos alunos de Santo Antônio do Amparo, ficou com o primeiro lugar na categoria ensino médio da UFMG Jovem. O prêmio de Professor Destaque do Ensino Médio foi para o educador da Escola Estadual João Pinheiro, Pedro Gilberto Silva.

UFMG Jovem

A UFMG Jovem é uma feira de ciências e tecnologia da educação básica, realizada anualmente desde 1999 pela Universidade Federal de Minas Gerais, com a participação de escolas públicas e privadas de Minas Gerais. Este ano, dos 75 projetos selecionados para participar, 40 foram de escolas estaduais. Veja a lista completa de premiados deste ano neste link.



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