Presídio de Resende Costa inaugura fábrica de manilhas dentro da unidade

Diariamente, 25 itens serão produzidos para contribuir com a manutenção do município

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Além da profissionalização, a atividade possibilitará remição de pena aos participantes
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Nesta quarta-feira (27/1), o Presídio de Resende Costa I, localizado no Campo das Vertentes, inaugurou mais uma importante fonte de trabalho dentro da unidade prisional: uma fábrica de manilhas para captação de águas pluviais ou esgotos sanitários.

Doze presos se revezarão nessa atividade, que deve contribuir com a manutenção das ruas do município, principalmente durante o período chuvoso. A previsão é de que 25 manilhas sejam produzidas diariamente.

A inauguração da fábrica é fruto de uma parceria entre o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e a Prefeitura de Resende Costa. Os equipamentos utilizados na produção são do próprio Executivo. Um funcionário da prefeitura também foi o responsável pelo treinamento dos detentos, repassando todas as técnicas.

Além da profissionalização, a atividade possibilitará remição de pena aos participantes. A cada três dias de trabalho, um é reduzido da sentença.

“Percebemos até a mudança de comportamento dos presos. Já recebemos detentos indisciplinados e que mudaram completamente o comportamento porque querem ter a oportunidade de trabalhar. A fábrica de manilhas é mais uma chance de um futuro diferente para eles quando saírem daqui”, destaca o diretor-geral do Presídio de Resende Costa, Francisco Wagner de Souza.

Lucas Vinicius está há dois anos e dez meses na unidade prisional e há um ano e 6 meses nas oficinas: “Voltaremos ressocializados para a sociedade. Será um aprendizado a mais, mais uma profissão que poderemos ter”, conta.

Profissionalização

Além da fábrica de manilhas, os presos de Resende Costa atuam ainda, em esquema de revezamento, em outras três atividades de trabalho: tapetes e cortinas de tear, bloquetes de concreto e marcenaria, onde produzem móveis e brinquedos de madeira. 

A venda de tapetes, cortinas e colchas rende, por semana, cerca de R$ 400 a R$ 600 para cada detento. A compra de insumos, a comercialização das peças, o controle e a entrega do faturamento para os familiares são todos feitos pela mãe de um deles.

A produção e a venda de brinquedos e móveis de madeira também contam com a ajuda de uma das mães. Os valores são destinados aos familiares. Cadeiras, mesas, carrinhos, aviões, armários, dentre outros, são feitos dentro do presídio.

Já a fábrica de bloquetes funciona por meio de uma parceria firmada com a prefeitura, desde 2016. Ao todo, 1,6 mil peças são produzidas diariamente e contribuem com a pavimentação do município.



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