Polícia Civil inaugura centro de estudos para custodiados

Novo espaço terá aulas de informática e ensino à distância visando a remissão de pena

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) inaugurou, na terça-feira (27/8), o laboratório de informática da Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte, que funcionará como um centro de estudos, com diversos cursos disponíveis para os custodiados.

O setor possibilita que os policiais civis participem de cursos de ensino à distância, viabilizando a mesma oportunidade do preso comum: remir pena, conforme determina a Lei de Execuções Penais (LEP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, também estão entre os objetivos do centro de estudos a diminuição da ociosidade e a habilitação para outras atividades funcionais dos custodiados.

O diretor da Casa de Custódia da Polícia Civil, delegado-geral Walter do Rosário Souza Felisberto, destaca os projetos do espaço. "Temos implementado diversos projetos para diminuir a ociosidade dos custodiados. Para isso, foi implementado, no início, a remissão por leitura, que é um projeto interessante, pois os custodiados lêem um livro e fazem um resumo sobre o que leram e, a cada livro lido, eles têm quatro dias de remissão da pena”, explica.

Divulgação/PCMG

A delegada Rosilene Alves de Souza, coordenadora do Núcleo de Gestão Prisional da Polícia Civil, comenta a oportunidade de cumprimento da Lei de Execuções Penais. "A instalação do centro, além de trazer ganho para o próprio custodiado, também traz responsabilidade social por aumentar o rol de direitos humanos que o preso do sistema convencional já possui”, observa.

Durante o curso, os custodiados terão aulas de computação como Windows, Word, Excel, Power Point, Access, Wind, Digitação, Manutenção de Redes e Manutenção de Computadores. O delegado-geral Walter do Rosário ressalta que, após o curso, eles estarão aptos, por exemplo, a realizarem manutenção nos computadores da instituição, o que diminui o custo e o tempo desses reparos.

O investigador de Polícia Rodolfo Ribeiro, que se encontra na Casa de Custódia, elogia o projeto. “É muito gratificante, pois nós nos sentimos úteis nesse tempo longe da família. Temos o trabalho, a leitura e os estudos. Todos os custodiados participam dos três projetos”, exalta Rodolfo.

O projeto é possível graças à parceria com o Poder Judiciário, por meio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Vara de Execuções Penais, o Ministério Público Estadual (MPE/MG) e com o Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), de Contagem.



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