Ouro Preto recebe a primeira Feira Regional de Economia Popular Solidária de 2023 

Evento que vai até 12/3 na cidade histórica abre temporada; ao longo do ano, mais 14 regiões de Minas Gerais serão contempladas

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A primeira Feira Regional de Economia Popular Solidária (EPS) de 2023 será realizada de até 12/3, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto. As agendas também incluem cursos de formação com educadores populares, oferecidos paralelamente às feiras, cujos temas vão variar nas 15 regiões abrangidas. No sábado e domingo (11 e 12/3), o evento será aberto ao público, que poderá comprar e conhecer os produtos em exposição. As feiras regionais são promovidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), por meio da Subsecretaria de Trabalho e Emprego (Subte).

O evento de Ouro Preto abre a agenda de 2023, já que outros 14 estão previstos, além de uma feira estadual que será em Belo Horizonte, em dezembro. Desta forma, todas as 15 regionais mineiras serão atendidas, que além da capital e Ouro Preto são sediadas em Teófilo Otoni, Almenara, Montes Claros, Juiz de Fora, Lambari, João Monlevade, Araçuaí, Diamantina, Paracatu, Governador Valadares, Januária, Buritizeiro e Uberlândia.

De acordo com o superintendente de Gestão e Fomento ao Trabalho e a Economia Popular Solidária, Marcel Cardoso Ferreira de Sousa, este tipo de evento é de fundamental importância para que produtores comercializem e deem visibilidade a seus produtos.

“Consideramos a promoção das feiras uma ação de extrema importância para a política pública. Sabemos que a comercialização é um grande gargalo por parte dos produtores e desses empreendimentos. Entendemos que é uma grande dificuldade o escoamento da produção e que abrir espaço em que os produtores possam fazer a comercialização, expor seus produtos e ganhar visibilidade é uma ação que gera muito impacto no dia a dia e na renda dessas pessoas”, afirmou.

Apoio 

Com apoio da prefeitura local e do Fórum Mineiro de Economia Solidária, ao menos 30 empreendimentos vão participar em cada edição da feira, espaços de comercialização que vão além das vendas, conforme disse o superintendente. 

As feiras de EPS são também oportunidades de integração entre os empreendimentos de toda a região atendida, além de momentos de formação onde os grupos participam. As feiras também funcionam como disseminadoras dos princípios econômicos solidários. Exemplo é a produção cooperada, o respeito ao meio ambiente e as relações sociais.

Todos os eventos ao longo do ano terão a mesma estrutura, com tendas, banheiros químicos, profissionais de vigilância, limpeza e educação popular, sistema de iluminação, freezer, barracas, espaço para oficina, materiais didáticos, entre outros itens que foram definidos após a realização de um pregão de livre concorrência.

Feiras de EPS

Esses espaços servem de estímulo a pequenos produtores, que conseguem ampliar ou garantir trabalho e renda com a exposição e comercialização de produtos das redes da economia solidária como alimentos, confecção, produtos da agricultura familiar, além de itens de higiene e cosméticos.

O apoio aos empreendimentos econômicos solidários faz parte das competências, diretrizes e prioridades da Sedese. A linha de ação prevê a estruturação e ampliação desses negócios, além de outras atividades de geração de renda e apoio aos empreendedores, como forma de possibilitar condições de produção e comercialização adequadas e sustentáveis.

A iniciativa busca ainda garantir a autossuficiência dos empreendedores envolvidos, contribuindo para a superação da pobreza e consolidação de uma forma de produção coletiva e participativa.

A economia solidária tem crescido a cada ano no Brasil. É um jeito diferente de consumir, produzir, vender, comprar e trocar. 

Dessa forma, a EPS compreende conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão em que a centralidade da ação está no ser humano e em suas relações sociais e com o meio onde vive.



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