Operação Mar de Minas, na região de Capitólio, recupera veículos roubados e prende oito pessoas  

Operação integrada foi realizada no último fim de semana com a participação de sete instituições; balanço foi divulgado nesta terça-feira  

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Mais de 70 representantes das forças de segurança pública e de instituições estaduais e federais atuaram, de forma integrada, no combate à criminalidade no Lago de Furnas, na cidade de Capitólio, Sudoeste do estado. A união de sete instituições se deu por meio da Operação Mar de Minas, com atuação em pontos terrestres e aquáticos, entre os dias 2 e 3/9. 

Nove embarcações e 31 viaturas foram empenhadas na missão, que conseguiu prender oito pessoas e apreender uma embarcação, na qual o condutor se recusou a soprar o bafômetro e apresentava sinais de embriaguez. Outros dois veículos também foram apreendidos e mais dois, roubados em momentos anteriores, recuperados. Das oito prisões, vale destacar que duas se deram em flagrante, por receptação de material roubado. Na água, as ações ocorreram no sábado, 3/9, com 115 abordagens.  

Participaram da ação: Polícia MilitarPolícia CivilCorpo de Bombeiros Militar, Marinha do Brasil, Polícia Federal e Receita Federal. A coordenação e integração das forças foi da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Pela pasta, além da área de Integração e Planejamento Integrado, responsável pela coordenação direta da ação, o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e o Sistema Socioeducativo também estiveram presentes dando apoio às diligências.   

Além de ser uma ação inédita no estado e na região, por ter as forças de segurança pública reunidas e operando nas águas do lago, a operação também inovou ao contar com uma delegacia instalada no ponto focal montado na MG-050. Segundo o subsecretário de Inteligência e Atuação Integrada, Christian Vianna de Azevedo, a ideia de realizar a operação surgiu das reuniões do Grupo de Trabalho de Monitoramento de Atividades Fluviais, criado em agosto de 2021, pela Sejusp, para atuar contra a criminalidade em geral nos rios e lagos de Minas Gerais.   

“Nesses encontros descobrimos que a região possui a maior concentração de embarcações de lazer do país, mais até que em alguns pontos do litoral. Então, nesse primeiro momento, tivemos como um dos objetivos produzir um maior conhecimento das questões de segurança pública que afetam o Lago de Furnas e o seu entorno. Além disso, queremos apurar e identificar ilícitos que acontecem nessa região, para poder, a partir daí, realizar mais trabalhos de Inteligência, planejar operações futuras e mais investigações criminais para coibir os crimes. Cada força trouxe sua expertise, e o trabalho conjunto otimizou os nossos resultados, proporcionando uma visão mais global da situação”, ressaltou o subsecretário.  

O Departamento Penitenciário de Minas Gerais forneceu importante apoio com cinco aeronaves remotamente pilotadas. Foram realizadas 85 decolagens e mais de 13 horas de voo, que percorreram os pontos montados para a operação. O cão farejador utilizado na ação também foi disponibilizado pelo Depen-MG, assim como 18 policiais penais da 18ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp).  

Carreta roubada recuperada  

Foram realizados três pontos de bloqueios em vias de acesso a cidade de Capitólio e ao Lago de Furnas. Na MG-050, no ponto-base, ficou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) – uma carreta embarcada com tecnologia de ponta. De lá, foi possível ter acesso ao banco de dados de todas as instituições, o que deu mais celeridade aos procedimentos e consulta de informações. Como ressaltou a Polícia Federal, a instituição “checou dados de qualificação de suspeitos e possibilitou, com isso, abordagens- verificações. Um dos resultados foi a prisão de um criminoso que estava com uma carreta roubada, em trabalho conjunto com a Polícia Civil”.  

No Centro Integrado de Comando e Controle Móvel também foi instalada uma delegacia de plantão da Polícia Civil, com presença de delegado, investigador e escrivão no local. Para o delegado Matheus Reis Ponsancini, da Delegacia de Polícia Civil em Passos, é imprescindível a mobilização das instituições em prol da sociedade, como ocorreu na atuação conjunta da operação. “Conseguimos atuar efetivamente com foco na prevenção e na repressão de delitos, como embriaguez ao volante, condução de embarcação sob o efeito de álcool, furtos, entre outros. Os resultados e toda a mobilização das instituições demonstram que a região está sendo olhada e fiscalizada pelas autoridades públicas, gerando confiança e sensação de segurança para os turistas que estão na região de Capitólio”.  

Como complemento, o tenente Abrantes, do 12º Batalhão da Polícia Militar, ressaltou que a operação é importante não apenas no momento que acontece, mas que também traz bons resultados para o futuro. “O empenho das forças de segurança pública é muito válido para quem atua na região. O efeito que uma operação dessa traz repercute durante um bom tempo. Gera uma sensação de segurança, não só para os moradores, como para os turistas também. Ainda colhemos frutos com a integração entre os demais órgãos: os contatos que conseguimos facilitam também nossa vida diária no enfrentamento à criminalidade”.  

Marinha e Receita Federal reforçam integração  

A Marinha do Brasil, por meio da Delegacia Fluvial de Furnas, coordenou as ações de fiscalização do tráfego aquaviário durante a Operação Mar de Minas. Foram realizadas ações de inspeção naval e patrulhamento nos principais atrativos turísticos localizados no lago de Furnas. A Marinha classificou a operação como “um sucesso e uma demonstração do alto grau de profissionalismo e interoperabilidade das instituições envolvidas”.  

A participação da Receita Federal aconteceu por meio das equipes do Escritório de Pesquisa e Investigação e da Divisão de Repressão e Combate ao Contrabando e Descaminho da 6ª Região Fiscal, que participaram de 17 abordagens a embarcações (sendo dez lanchas e sete motos aquáticas), e de uma abordagem terrestre na qual havia três lanchas na garagem.  


*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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