Na COP28, Governo de Minas debate papel dos estados brasileiros para o alcance das metas climáticas

Painel realizado nesta quarta-feira (6/12) pela Abema teve a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável como moderadora

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As ações desenvolvidas por governos estaduais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas estão sendo destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
 

Imprensa MG / Divulgação

Nesta quarta-feira (6/12), a convite da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, moderou a discussão sobre o papel dos estados brasileiros para o alcance das metas climáticas globais.

O evento procurou divulgar as iniciativas adotadas pelos estados brasileiros no rastreamento e controle de desmatamento como uma das medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com a secretária Marília Melo, muitas iniciativas apresentadas encontram correspondência com ações que vêm sendo desenvolvidas no estado de Minas Gerais, como o diálogo com municípios desenvolvido pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

“Nosso trabalho de apoio aos municípios na elaboração dos planos de ação climática locais se dá tanto para mitigação mas, principalmente, para adaptação aos efeitos da mudança no clima já vivenciados nas cidades, como as secas extremas e recorrentes do semi-árido mineiro e as cheias em áreas urbanas”, aponta a titular da Semad.

“Trabalhamos em cooperação com o governo francês, a partir de uma ferramenta que já temos, o Clima na Prática, onde mapeamos a vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas nos 853 municípios, estamos iniciando esse processo dos mais para os menos vulneráveis em Minas”, concluiu.

Um dos projetos demonstrados no painel é de alcance nacional. Trata-se do uso do programa Brasil MAIS, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, especialmente nas ações de combate ao desmatamento ilegal.

“Estamos usando essa ferramenta de monitoramento de cobertura vegetal em Minas, que provê não apenas uma forma de combate ao desmatamento, mas também para a avaliação de outras atividades potencialmente poluidoras, e tem nos permitido reduzir o nosso tempo de resposta na fiscalização ambiental, o que é muito importante quando falamos em metas de redução de emissões de gases de efeito estufa”, acrescentou Marília Melo.

O painel contou ainda com a secretária de Estado do Meio Ambiente do Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, e o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, José Mauro de Lima O'de Almeida.

Nesta COP28, a Abema é anfitriã de painéis no HUB Brasil, que abordam diversos eixos, entre eles, governança climática compartilhada; entes e poderes; conservação e restauração dos biomas brasileiros como instrumento da agenda climática; transição energética justa: oportunidades e desafios da energia renovável no território brasileiro; adaptação e perdas e danos.

No final do dia, Marília Melo compôs o painel “Catalisadores da Mudança - liderança subnacional na implementação de soluções inovadoras baseadas na natureza”, iniciativa da Regions4, órgão criado em 2002 e que hoje representa 41 governos regionais de 21 países em quatro continentes.
 

Imprensa MG / Divulgação

Minas Gerais foi um dos entes subnacionais presentes, ao lado de representantes do governo da Califórnia (EUA), da Baixa Califórnia (México), do Quebec (Canadá) e da Catalunha (Espanha).

Vice-governador

Durante o dia, o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, participou da Reunião Ministerial sobre Urbanização e Mudanças Climáticas: criando um futuro urbano melhor, evento promovido pela Parceria de Marraquexe para a Ação Climática Global e a Presidência da COP28.

A Reunião Ministerial pretende reforçar os mecanismos de ação climática para alcançar as metas do Acordo de Paris, identificar e fortalecer alavancas para aumentar e acelerar a implantação de financiamento climático para cidades e governos locais responderem à crise climática.



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