Museu Mineiro segue com mostra “Minas das Artes, Histórias Gerais”

Com infraestrutura renovada no fim do ano passado, espaço continua com exposição de longa-duração nos próximos meses

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A exposição de longa-duração, “Minas das Artes, Histórias Gerais”, foi renovada no fim do ano passado e segue aberta
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A programação segue intensa no Museu Mineiro, o mais importante dos sete museus estaduais, equipamento cultural integrante do Circuito Liberdade, administrado pela Superintendência de Museus e Artes Visuais. A exposição de longa-duração, intitulada “Minas das Artes, Histórias Gerais”, foi renovada no fim do ano passado e segue aberta. A mostra foi viabilizada por meio do patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Depois de expandir sua área de convivência e passar por renovação de sua infraestrutura, o Museu Mineiro espera receber mais visitas à exposição que tem a História de Minas Gerais em seu acervo.

Peças nunca antes expostas ou que há muito estavam guardadas estão exibidas, como oratórios médios instalados na Sala das Colunas, da bandeira de triângulo verde dos Inconfidentes e das pinturas monumentais de Di Cavacanti e Caribé, expostos na Sala Minas Gerais: original e múltipla.

A mostra “Minas das Artes, Histórias Gerais” tem a seguinte composição:

•             Sala Minas Gerais: original e múltipla – traz a cronologia da história da formação da cultura mineira; objetos históricos, com destaque para a bandeira dos Inconfidentes; e pinturas monumentais, como Cena de Garimpo, de Di Cavalcanti (1957, óleo sobre tela), e Guerra dos Emboabas, de Carybé (1962, óleo sobre tela).

•             Sala As Capitais – exibe pinturas referentes às três cidades que já foram capitais do estado de Minas Gerais (Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte), com destaque para o Panorama de Mariana, de Alberto Delpino (1931, óleo sobre tela), Procissão em Ouro Preto, de Renato de Lima (década de 1970, óleo sobre tela, e Comissão Construtora da Nova Capital, de Henrique Oswald (século 19, óleo sobre tela), onde se vê o engenheiro e urbanista Aarão Reis mostrando sua famosa planta da Cidade de Minas, que iria se tornar Belo Horizonte.

•             Sala Mestre Ataíde e Santeiros Populares – homenageia o grande pintor barroco, com a exibição do conjunto de seis telas de cavalete, que faziam parte da capelinha da Fazenda de Cima, em São Domingos do Prata, de propriedade do Sr. José Marques. Em 1986, após oito anos de negociações e pesquisas, o Governo do Estado adquiriu as seis telas, por intermédio da Rede Manchete Minas, transferindo-as para o Museu Mineiro. Nessa sala será abrigada também a Coleção de Imagens de Devoção Popular recém-incorporada ao acervo do Museu Mineiro.

•             Sala das Colunas – local dedicado à exibição de peças de arte sacra, a maioria datada dos séculos 18 e 19, resultado do trabalho de artistas portugueses e brasileiros. São imagens, objetos de culto, fragmentos de altares e mobiliário provenientes de igrejas paroquiais, capelas, ermidas e residências particulares que, embora continuem sendo para alguns objetos de fé e devoção, passam a assumir o caráter de obra de arte ao serem incorporadas à exposição de longa-duração. Para desenvolvimento desse módulo, buscou-se a narrativa histórica, tendo como fio condutor a trajetória de Jesus Cristo, figura central do cristianismo.

•             Sala das Sessões – recebeu o acervo pictórico mais antigo do Museu Mineiro, com características clássicas ou acadêmicas. Entre as obras expostas destacam-se: A Má Notícia, de Belmiro de Almeida (1897, óleo sobre tela); Retrato de Jovem (1886, óleo sob tela) e O Pastor egípcio (1887, óleo sob tela), de Honório Esteves; Fazenda da Borda (1921, óleo sobre tela), de Anibal Mattos; Morro do Castelo (1920, óleo sobre tela), de Genesco Murta.

•             Sala Jeanne Milde – o Museu Mineiro homenageia a grande escultora belga, naturalizada brasileira, dando seu nome à sala que abriga o acervo da instituição datado do fim dos anos 1920 em diante. Nesse espaço estão obras de influência do art deco, fauvismo, cubismo, concretismo, abstração geométrica, entre outras correntes artísticas do modernismo. Há obras de Guignard, Amilcar de Castro, Érico de Paula, Fernando Pierucetti, Álvaro Apocalypse, Solange Botelho, Chanina, Teresinha Veloso, Nello Nuno, Inimá de Paula, Carlos Wolney, Marcos Coelho Benjamin, Márcio Sampaio, Mário Silésio, Celso Renato, Lótus Lobo, Ana Amélia, Maria Helena Andrés e Sara Ávila, entre outros.

Museu Mineiro

O Museu faz parte do complexo cultural Circuito Liberdade. Pela primeira vez em muitos anos, o museu, que funciona em casarão do século 19, integrante do conjunto arquitetônico original de Belo Horizonte, está com suas seis salas abertas.

Nos dois últimos anos, o prédio passou por uma renovação de sua infraestrutura, o que incluiu novos sistemas elétrico, luminotécnicos, de segurança, além de restauração de elementos artísticos, piso e pintura. No total, foram gastos R$ 950 mil, recursos provenientes da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, através da Associação Amigos do Museu Mineiro.

O Circuito Liberdade é composto por outras 12 instituições e gerido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – Iepha.

Serviço:

Museu Mineiro - Minas das Artes, Histórias Gerais

Endereço: Av. João Pinheiro 342 – Funcionários, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Horário: Visitações de terça-feira a domingo, das 12h às 19h

Entrada: Gratuita

Informações ao público: (31) 3269-1103

 



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