Mulheres presas em Vespasiano reformam toda a unidade prisional

Celas e corredores ganharam nova pintura e a unidade também irá instalar novas caixas d’água e vasos sanitários

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Oito detentas do Presídio de Vespasiano, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), estão dando uma nova cara à unidade prisional onde estão acauteladas. As obras começaram em julho e ainda estão em execução. A reforma, custeada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), inclui limpeza, pintura e pequenos reparos em celas, galerias, lavanderias e corredores.

A repaginada busca dar melhores condições de cumprimento da pena para as internas. A atividade ajuda a promover a ressocialização, além de oferecer boas condições de trabalho, segurança e conforto aos agentes penitenciários e servidores das áreas de atendimento e administrativa.

Crédito: Dirceu Aurélio

A diretora-geral do Presídio de Vespasiano, Eliane Coelho, conta que as melhorias já estão sendo sentidas no ambiente e os elogios são muitos. Segundo Eliane, as presas estão muito empolgadas com o trabalho que elas mesmas estão realizando. “As detentas sempre se envolvem nesse tipo de atividade e, com frequência, usamos a mão de obra delas, que, por sinal, às vezes é melhor que a dos homens, pois elas são muito detalhistas e caprichosas. A nossa intenção é deixar o presídio em excelente condição de atendimento para o público feminino”.

Quatro custodiadas estão pintando a galeria do regime fechado e outras quatro estão colocando a mão na massa no setor do semiaberto. Duas delas sabiam pintar e repassaram o conhecimento para as outras detentas: uma aprendeu o ofício com o tio e a outra participou do projeto Tudo de Cor, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio do Iepha e da Sejusp, com a empresa de tintas Coral, que capacitou 52 detentos e detentas para a pintura de prédios e museus do Circuito da Liberdade.

A detenta Thayse Gabrielle Pires, de 28 anos, trabalhava com a família e compartilha o ofício da pintura com as outras presas. Para ela, poder mudar o ambiente onde se encontra é um serviço muito satisfatório. “Está sendo maravilhoso sair da cela, ensinar algo para as outras meninas e, ainda, fazer isso para o meu bem-estar e para o delas. As paredes estavam bem sujas e agora está ficando muito bonito”, conta satisfeita.



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