Mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários” evidencia papel de Minas na Independência

Exposição no Palácio da Liberdade reúne 43 peças e documentos relacionados aos 200 anos da Independência do Brasil, além de obras de artistas contemporâneos e apresentação de corais líricos

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FCS / Divulgação

O Brasil celebra este ano o bicentenário da Independência. Em 7 de setembro de 1922, sete dias após Maria Leopoldina assinar o decreto que oficializou a ruptura com Portugal, Dom Pedro, montado em seu cavalo, na colina do Ipiranga, em São Paulo, levantou sua espada para declarar ao país a emancipação em relação ao império português. Para comemorar a data e o gesto simbólico, o Palácio da Liberdade, parte integrante do Circuito Liberdade, promove, de 20/9 a 13/11, a mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários”. A exposição gratuita retrata, por meio de objetos históricos e trabalhos contemporâneos, o papel de Minas Gerais na luta pela Independência.

A abertura da exposição, em 20/9, conta com a performance “Ninho”, do artista mineiro David Guener, que fará uma intervenção artística na Alameda Travessia até o Palácio da Liberdade, a partir das 13h. Já a solenidade de inauguração será realizada às 16h. Em seguida, às 17h, acontece uma apresentação vinculada ao Festival Internacional de Corais (FIC), em que corais da região metropolitana de Belo Horizonte apresentam o Hino Nacional; Hino da Independência, composto por Dom Predro I e Evaristo da Veiga; a música Pátria Minas, de Marcus Viana; Cio da Terra, de Milton Nascimento e Chico Buarque; Coração Civil, de Milton Nascimento e Fernando Brant; e a música tema do FIC, Liberdade, de Leonardo Cunha e Murilo Antunes.

Ao todo, 42 peças fazem da mostra, dentre elas, moedas, bandeiras, documentos históricos e fardas, como a usada por Tiradentes durante a Inconfidência Mineira. Além disso, a exposição conta com trabalhos dos artistas contemporâneos Randolpho Lamonier e Ártemis Garrido.

A exibição vai ocupar no Palácio da Liberdade o saguão, o hall da escada, o Salão de Honra, o Salão do Couro, as Salas da lateral esquerda, o Salão de Banquetes e o Salão do Almoço.

Percurso

A mostra explora três marcos temporais da Independência do Brasil: os anos de 1822, 1922 e 2022. O primeiro eixo expográfico remete ao processo que culminou com a proclamação da Independência, bem como as mudanças ocorridas após a ruptura com Portugal. O segundo explora o marco do centenário da data emancipatória. Já o terceiro eixo discute os aspectos inerentes à ruptura com o império português e seus reflexos na contemporaneidade.

Na primeira área de visitação da exposição, no hall de entrada do Palácio da Liberdade, ao pé da escadaria, o público encontrará os vestígios da performance “Ninho”, de David Guener, na abertura da exposição. Ao fim da escadaria, a obra “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamounier ocupa o ambiente com mais uma visão do contemporâneo sobre a historicidade. Ambos os trabalhos convidam o público a refletir sobre o significado da independência nos dias atuais.

Exceto as obras “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamonier, e “Chamego e Saudade”, de Ártemis Garrido, as peças e documentos históricos que compõem a exposição fazem parte do acervo Museu Mineiro, Museu dos Militares Mineiros, Arquivo Público Mineiro, Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas Gerais, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Museu da Memória do Judiciário Mineiro. A curadoria da mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários” é da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivos e Equipamentos Culturais (SBMAE).

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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