Mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários” é aberta no Palácio da Liberdade

Exposição celebra o bicentenário da Independência do Brasil e evidencia a participação de Minas Gerais no processo histórico

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Léo Bicalho / Secult

Ao longo de 2022, o Brasil celebra o bicentenário de sua libertação da coroa portuguesa. Uma série de ações tem acontecido com o intuito de comemorar a data, e, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), o Palácio da Liberdade recebe, de 21/9 a 13/11, a mostra “Libertas Quae Sera Tamen: Percursos Históricos & Imaginários”.

Com curadoria da Superintendência de Bibliotecas, Museus, Arquivos e Equipamentos Culturais (SBMAE), a exposição é gratuita, e retrata, a partir de objetos históricos e trabalhos artísticos, o papel de Minas Gerais na luta pela Independência. Ao todo, 43 peças integram a mostra, entre elas moedas, bandeiras, documentos históricos e fardas, a exemplo da usada por Tiradentes durante a Inconfidência Mineira. Além disso, a exposição conta com obras dos artistas contemporâneos Randolpho Lamonier e Ártemis Garrido.

A chegada dessa exposição ao palácio também marca a passagem de bastão da gestão do local. A partir da assinatura do Termo de Vinculação e Responsabilidade, prevista para a próxima semana, a construção histórica e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) deixará de ser vinculada ao Gabinete Militar do governador de Minas e passará à Secult.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, reforça a importância dessa integração, “trata-se de um museu vivo, espaço cívico-cultural de grande importância na nossa história. Queremos colocar a cultura na centralidade”, enfatizou.

Eixos expográficos

No Palácio da Liberdade, essa exibição ocupa o saguão, o hall da escada, o Salão de Honra, o Salão do Couro, as salas da lateral esquerda, o Salão de Banquetes e o Salão do Almoço, e explora três marcos temporais da Independência do Brasil: os anos de 1822, 1922 e 2022.
 

Léo Bicalho / Secult

O primeiro eixo expográfico remete ao processo que culminou com a proclamação da Independência e as mudanças ocorridas após a ruptura com Portugal. O segundo explora o marco do centenário da data emancipatória. Já o terceiro eixo discute os aspectos inerentes à ruptura com o império português e seus reflexos na contemporaneidade.

Logo no hall de entrada do Palácio da Liberdade, ao pé da escadaria, o público encontra os vestígios da performance “Ninho”, de David Guener, na abertura da exposição. Ao fim da escadaria, a obra “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamonier ocupa o ambiente com mais uma visão contemporânea sobre a historicidade. Ambos os trabalhos convidam o público a refletir sobre o significado da independência nos dias atuais.

Com exceção das obras “Discurso Nulo”, de Randolpho Lamonier, e “Chamego e Saudade”, de Ártemis Garrido, as peças e documentos históricos que compõem a exposição fazem parte do acervo Museu Mineiro, Museu dos Militares Mineiros, Arquivo Público Mineiro, Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas Gerais, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Museu da Memória do Judiciário Mineiro.

Cerimônia de abertura

A abertura da exposição contou com a performance “Ninho”, do artista mineiro David Guener, com uma intervenção artística na Alameda Travessia até o Palácio da Liberdade. Além disso, a solenidade foi marcada por uma apresentação vinculada ao Festival Internacional de Corais, na qual grupos da região metropolitana de Belo Horizonte apresentaram o Hino Nacional; o Hino da Independência, composto por Dom Predro I e Evaristo da Veiga; a música Pátria Minas, de Marcus Viana; “O Cio da Terra”, de Milton Nascimento e Chico Buarque; “Coração Civil”, de Milton Nascimento e Fernando Brant; e a música tema do FIC, “Liberdade”, de Leonardo Cunha e Murilo Antunes.

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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