Minas tem 278 casos confirmados de monkeypox

Segundo informe da SES-MG, outros 867 casos estão em investigação e 586 já foram descartados

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Minas Gerais já registrou, até a manhã desta quarta-feira (31/8), 278 casos da doença Monkeypox, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Outros 867 casos continuam em investigação, mas 586 já foram descartados. No dia anterior (30/8), eram 277 casos confirmados, conforme o Informe Monkeypox, que pode ser acessado neste link.

Só em Belo Horizonte,  já são 210 casos da doença. O segundo município com mais confirmações da doença é Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com o registro de 20 casos, seguido por Pouso Alegre (dez ocorrências), Governador Valadares (sete), Juiz de Fora (sete), e Montes Claros e Sete Lagoas, com quatro casos cada município.

Segundo a SES-MG, um caso confirmado que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves evoluiu para óbito em 28/7. Trata-se de um paciente de 41 anos, do sexo masculino, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas. O paciente era imunossuprimido e sofria de outras comorbidades. 

Entre os casos confirmados, as idades variam entre 18 e 61 anos. Quatro são do sexo feminino. Um paciente encontra-se em internação hospitalar por necessidades clínicas.

Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados pelas secretarias municipais de Saúde. Até o momento, apenas o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ainda não há previsão de chegada de vacinas contra monkeypox para toda a população. Por esse motivo, é importante observar outras formas de prevenção. "A vacina não pode ser a estratégia principal, apesar de ser a mais importante em relação a sua eficácia, mas não vamos ter essa vacina disponível. A OMS (Organização Mundial de Saúde) chama atenção para isso: temos outras formas de controle, especialmente o diagnóstico precoce da doença e o isolamento. É uma doença que não dissemina tão rápido. O contato pele a pele e com secreções são as formas mais comum de contágio", explica o secretário.

Reforço nas investigações

Na última segunda-feira (29/8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em Brasília, o uso imediato e emergencial de 24 mil kits moleculares para diagnóstico laboratorial da monkeypox. Os reagentes são produzidos pela Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz e ainda estão em análise para aprovação de registro pela agência. 

A autorização foi concedida após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos. A diretoria colegiada da Agência levou em conta a atual situação epidemiológica emergencial da infecção da doença no Brasil, a capacidade de resposta laboratorial atual e a necessidade de descentralização dos exames, entre outros fatores. 

"A Anvisa reforça que o acesso a exames laboratoriais oportunos e precisos de amostras de casos sob investigação é uma parte essencial do diagnóstico e vigilância desta infecção emergente, a fim de mitigar a disseminação do vírus e contribuir na avaliação adequada dos critérios de elegibilidade para acesso a medicamentos e ou vacinas para combate à infecção", destacou a agência, em publicação para informar sobre a decisão.

Atualmente, o Brasil tem oito laboratórios de referência para o diagnóstico da Monkeypox, por biologia molecular. Em Minas Gerais o Lacen da Fundação Ezequiel Dias (Funed) é o laboratório referência para o diagnóstico da doença e já realizou, desde junho, mais de 1.700 exames.

O secretário Baccheretti reforça a necessidade de realização de exames como maneira de conter a disseminação da doença. "Aproveito a oportunidade para falar para a população que não devemos estigmatizar essa doença e as pessoas não devem ficar com vergonha. Se apareceu mancha ou vesículas na pele, associado a febre, ínguas, tem que ir ao posto de saúde para descartar ou não. É feito o teste e a gente já capacitou todo o estado para testar e a Funed faz o exame, tanto de Minas quanto de outros estados que não têm esses laboratórios ainda, para que a gente consiga diminuir a disseminação. Com essa redução e freio na disseminação, a tendência é que os casos sejam mais raros e a gente não tenha muitos casos a ponto de infectar essas pessoas mais vulneráveis", diz. (Com Agência Brasil)

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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