Com aumento do número de casos de arboviroses nos últimos meses em Minas, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), vem adotando planejamento estratégico de enfrentamento às doenças dengue, zika, chikungunya e febre amarela

Entre as ações, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba ampliou o combate ao vetor das doenças, o mosquito Aedes aegypti, na macrorregião de Saúde Triângulo Sul.  

Na região, há 1.134 casos suspeitos de dengue e óbitos em investigação pela doença e 18 casos de chikungunya foram confirmados, conforme dados extraídos do Painel de Arboviroses em 31/3. 

Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SRS Uberaba, Denise Maciel destaca o esforço da equipe regional em buscar parcerias no trabalho de combate ao mosquito, inclusive junto a outras instituições . O objetivo é realizar inervenções assertivas para conter a epidemia na região. 

Segundo ela, “para controlar as arboviroses, é preciso trabalhar em conjunto, envolvendo a comunidade em ações de educação, parceria com Ministério Público, universidades, além das já realizadas medidas de controle vetorial como acompanhamento semanal de casos e análises de incidência”. 

Monitoramento

Para monitorar a situação epidemiológica na região, o Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses da SRS Uberaba vem se reunindo semanalmente, desencadeando ações de suporte aos municípios, especialmente os mais afetados, com alta e muito alta incidência de casos prováveis nas quatro últimas semanas epidemiológicas. 

Entres as ações de combate ao Aedes nos municípios estão visitas aos municípios, contato direto com gestores e equipes técnicas, divulgação constante de materiais de apoio, capacitações, emissões de alertas e parceria com o Ministério Público.

Manejo clínico

O agravamento de casos e óbitos ocasionados pelas doenças também está no centro das atenções. 

A fim de aprimorar a assistência aos casos prováveis de arboviroses nas unidades de saúde, a SRS Uberaba realizou, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), capacitação em manejo clínico da dengue para mais de 160 médicos e enfermeiros dos 27 municípios da região. O médico infectologista e professor da UFTM, Rodrigo Molina, ministrou a capacitação. 

O médico também fez um alerta para que a população esteja atenta a sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas no corpo. “Em caso desses sintomas, deve-se procurar ajuda médica e não se automedicar, pois algumas medicações podem levar ao agravamento dos quadros de dengue. Já os profissionais de saúde, devem conhecer o manejo da dengue orientado pelo Ministério da Saúde e sempre classificar os pacientes de acordo com os protocolos preconizados. 

Febre amarela

Também ações de prevenção à febre amarela vêm sendo desencadeadas pela SRS Uberaba. Além da rotina de vacinação, reforço na imunização ocorre desde o segundo semestre de 2022, quando duas epizootias foram confirmadas para febre amarela, uma em Itapagipe e outra em Uberaba. 

Imediatamente, a superintendência se reuniu com os municípios, orientando a realização da borrifação de veneno em torno dos locais onde foram encontrados os animais mortos, além do Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC). 

A intensificação com vacinação no domicílio foi orientada para Uberaba, que apresentou também um caso humano suspeito, e posteriormente descartado, para febre amarela. 

Os municípios limítrofes ao estado de São Paulo, que teve um caso humano confirmado, também foram estimulados a realizar a vacinação casa a casa. Além desses, todos aqueles que desejam aumentar coberturas vacinais devem realizar o protocolo. 

É importante salientar que as ações de imunização relacionadas à febre amarela devem ser constantes, já que a meta é atingir 100% de cobertura em todos os municípios. 

Ações de conscientização da população nos municípios têm sido realizadas e agentes mobilizadores vêm reforçando, junto às comunidades, a importância de prevenção dessa e de outras doenças, por meio da vacina.