Minas Gerais inicia a descentralização do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais

Objetivo é estruturar mais centros físicos e virtuais no estado, para que os imunobiológicos cheguem mais rápidos aos pacientes

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Fábio Marchetto / SES-MG

A Secretaria Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em parceria com Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais de Belo Horizonte (Crie), iniciou nesta semana, em Belo Horizonte, a primeira etapa de estruturação e descentralização do serviço nas macrorregiões.

De acordo com o gerente do projeto e referência técnica da SES-MG, Marco Antônio de Almeida, o encontro tem como objetivo capacitar profissionais de saúde das Regionais e também dos municípios, para que possam colocar em prática a descentralização da estrutura.

“Atualmente existem três Crie físicos em Minas Gerais, sendo cada um localizado em Belo Horizonte, Uberlândia e Juiz de Fora. E esse processo de descentralização é justamente para estruturarmos mais centros físicos no estado e mais unidades virtuais. Isso fará com que os imunobiológicos cheguem mais rápido aos pacientes, evitando também o seu deslocamento”, explica Marco Antônio.

Nesta primeira etapa, a capacitação será com os quatro municípios habilitados para serem Crie nas macrorregionais de Saúde. Dessa forma, Montes Claros, Patos de Minas, Uberlândia e Barbacena iniciarão a implementação dos centros.

O que é o Crie?

Ao longo do encontro, o médico e infectologista, José Geraldo Leite, falou sobre o papel desempenhado pelo Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais.

Criado em 2000, por meio da Portaria 464/2000, Crie é um espaço estruturado para atender pessoas que, por motivos biológicos, não podem usufruir dos imunobiológicos disponíveis na rede pública ou, ainda, que necessitam de outros imunobiológicos especiais. É o caso de pessoas portadoras de imunodeficiência congênita, infectadas pelo HIV, portadores de doenças neurológicas, cardiopatas, pneumopatas e doenças hematológicas.

Vigilância

A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Marcela Lencine Ferraz, explica que associada à estratégia da descentralização dos Crie, esse mesmo serviço irá executar a vigilância dos eventos supostamente atribuídos à imunização, que anteriormente eram chamados de eventos adversos à vacina.

“Essa ação de vigilância em saúde deve sempre acontecer a partir do momento em que uma pessoa recebe uma vacina e tem algum efeito considerado adverso. Nessas situações é preciso investigar e verificar se o referido efeito está ou não associado ao processo de vacinação. Dessa forma, os profissionais do Crie das macrorregionais de saúde irão nos auxiliar na investigação e, com isso teremos mais informações para fazer uma vigilância adequada dos eventos adversos relacionados à vacinação.

A capacitação de três dias segue até esta quinta-feira (15/12). Dentre os temas abordados nos próximos dias estão: Boas práticas de Imunização; Atendimento humanizado e segurança do paciente; Técnicas de vacinação; discussão de casos clínicos e Eventos Supostamente Atribuíveis a Vacinação ou Imunização (Esavi).



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