Após quatro meses de exposição no Palácio da Liberdade e de passarem por restauração no Arquivo Público Mineiro, as partituras históricas dos hinos do Brasil foram entregues na quinta (1/9), às 8h, para a Funarte e para a Força Aérea Brasileira. Elas seguiram viagem para Brasília, onde serão expostas, a partir de 6/9, no Palácio do Planalto. 

De forma inédita, as partituras originais – entre elas as dos hinos Nacional, da Independência e da Bandeira – saíram do acervo de materiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para serem expostas e restauradas.

O secretário Leônidas Oliveira explica que o processo de restauração, que teve a restauradora Diane Lopes à frente, foi cauteloso, detalhista e criterioso, pois as partituras apresentavam deteriorações causadas pelo tempo. 

A iniciativa faz parte das ações em comemoração ao bicentenário da Independência, realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult - MG), em parceria com a Funarte e a UFRJ. A segunda parada será na capital do país, com inauguração em 1º de setembro, no Palácio do Planalto, na exposição “Hinos do Brasil''. Somente a partir do dia 6/9 a exibição estará aberta para estudantes. 

Via Liberdade

Vale lembrar que a rota turística e cultural Via Liberdade - que passa por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília apresenta, por meio dos locais em que passa, partes importantes da história da independência. 

‘“Quando voltamos para a história da Independência brasileira percebemos que é aqui, na Inconfidência Mineira, que essa história fermenta e ganhou um sentido muito grande. Não é à toa que o único feriado nacional de um civil que nós temos é Tiradentes. Os hinos seguem a rota da Via Liberdade: Rio- Minas e Brasília”.  

Exposição

A exposição é composta pelos partituras de 12 hinos históricos, pertencentes à Biblioteca da Escola de Música da UFRJ: Hino Nacional, Hino da Independência, Hino da Bandeira e Hino da Proclamação da República, além de outras composições históricas, como o Hino da Feliz Aclamação de D. João VI e a Estrela do Brasil, entre outros documentos que integram o processo de construção destes manuscritos. 

Processo de restauro

Ao chegarem no Laboratório de Restauração do APM, os hinos passaram primeiro pela higienização e em seguida passaram por procedimentos de restauro como remendos, enxertos e obturações com papel japonês naqueles documentos que precisavam ter o suporte recomposto, além da retirada de fitas adesivas.

Os procedimentos feitos no APM tiveram como objetivo a estabilização do processo de deterioração e a preservação das marcas que ajudam contar a história daqueles documentos, como foi o caso do manuscrito do Hino Nacional, que possui a marca do que parece ser um copo. A marca foi preservada, pois ela também aparece na xerocópia presente no termo de doação feito pela família.

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.