Minas apresenta experiências de sucesso de vacinação ao Conselho de Secretários de Saúde

Projetos estaduais foram destaques em mostra nacional sobre a recuperação das coberturas vacinais

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Conass / Divulgação

Duas iniciativas bem-sucedidas desenvolvidas em Minas Gerais pela Secretaria de Estado de Saúde foram destaque na “Mostra da Gestão Estadual do SUS: Experiências Exitosas para Recuperação das Coberturas Vacinais”. Promovida nesta quinta-feira, 18/5, em Brasília, pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) em reunião conjunta das Câmaras Técnicas de Epidemiologia e de Comunicação em Saúde, a mostra contou com a presença de mais de cem representantes das secretarias estaduais de saúde de todas as regiões do país. Ao todo, 50 iniciativas foram inscritas, das quais 13 foram selecionadas para apresentação.

A equipe da Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES-MG apresentou o projeto “Estratégias para o Aumento de Coberturas Vacinais em Crianças Menores de Dois anos de Idade no Estado de Minas Gerais, Brasil: Uma Pesquisa-ação”. De acordo com a superintendente de Vigilância, Eliane Nobre Ribeiro, a pesquisa consiste em convidar e sensibilizar os municípios da necessidade de desenvolver um plano de ação com indicadores e metas próprios para reverter o cenário de baixas coberturas vacinais e, assim, reduzir o risco do retorno de doenças imunopreveníveis. “Esse projeto foi muito elogiado pelo Conass, pois mostramos que nossa metodologia tem aplicabilidade em qualquer município, o que nos deixa muitos felizes e honrados, porque podemos contribuir efetivamente para melhorar a cobertura vacinal das nossas crianças, principalmente até dois anos de idade”, comemora Eliane.

A iniciativa consistiu da realização de Oficinas de Trabalho em 22 Unidades Regionais de Saúde (URS), que englobam 609 dos 853 municípios de Minas Gerais, da construção de Planos de Ação Municipais e do monitoramento periódico de indicadores de processos de trabalho em imunização. Como resultado, foi constatada melhoria das coberturas vacinais de crianças menores de dois anos, comparando-se o ano de 2022 com 2021 (especialmente para as vacinas BCG e pneumocócica). Além disso, houve aumento significativo na realização de capacitações pelos municípios, de busca ativa para atualização de vacinas de faltosos e de reuniões integradas entre vigilância epidemiológica, imunização e Atenção Primária à Saúde.

A próxima etapa vai incorporar também o aumento das coberturas vacinais dos adolescentes, especialmente entre 9 e 14 anos de idade.

O programa é fruto de um esforço conjunto da SES-MG com as URS, o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Vacinação (Nupesv) da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de municípios e parceiros externos.

Já a “Campanha Vacina Mais Minas 2022”, também apresentada pela SES-MG, reforça a importância da imunização para a saúde individual e coletiva favorecendo a compreensão de que as vacinas são importantes e efetivas para o controle de doenças (novas e antigas) e para a saúde da população, além de desmentir notícias falsas e tirar dúvidas, oferecendo informações corretas sobre a vacinação.

Para o secretário-executivo do Conass, Jurandi Frutuoso, é importante destacar o simbolismo que a Mostra traz ao permitir que boas iniciativas que estão sendo realizadas na ponta sejam apresentadas e reconhecidas em nível nacional. “Essa mostra é uma prova cabal de que muita coisa boa está sendo realizada no Brasil para solucionar este problema das baixas coberturas vacinais e estar aqui hoje, com o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) é fundamental para encontrarmos soluções que possam ser levadas aos gestores de saúde”, disse.

Já o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, afirmou ser importante olhar com cuidado para as experiências que foram apresentadas, pois elas mostram que é possível ter bons resultados indo além daquilo que já é feito na rotina. “O próprio Programa Nacional de Imunizações reconhece que, se não fizermos diferente do que já fizemos até agora, não conseguiremos avançar”.



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