Inovação na Vigilância em Saúde é tema de encontro realizado em Belo Horizonte

Evento promovido pela SES-MG e Fiocruz Minas visa a troca de experiências e levantamento de demandas que serão contempladas em projetos de pesquisa para melhorar o serviço público de saúde no estado

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas), realiza até esta quinta-feira (23/11), em Belo Horizonte, o I Encontro de Inovação na Vigilância em Saúde de Minas Gerais.

Rafael Mendes

Além de aprofundar o entendimento acerca das necessidades da Vigilância em Saúde, o evento visa promover a troca de conhecimentos, incluindo a apresentação de projetos de pesquisa na área.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, destacou a relevância da iniciativa. “Não adianta pensar que, fazendo as mesmas coisas, teremos resultados diferentes. Por isso, precisamos de momentos como esse para trocar experiências e ver o que de bom está acontecendo, para, de fato, planejarmos políticas que sejam inovadoras e que transformem a vida do mineiro e da mineira na ponta”, salientou.

Para o diretor do Instituto René Rachou, Roberto Sena Rocha, a aproximação entre o serviço e a academia é muito importante para a resolução dos problemas do Sistema Único de Saúde “Esperamos, com esse evento, nos aproximar ainda mais. Queremos entender quais são as demandas e quais as prioridades entre elas, para fazermos uma indução de projetos que respondam a essas demandas”, anunciou o diretor.

O coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, também ressaltou a importância do encontro de inovação. “Por meio de trabalhos coletivos como este é que conseguiremos fazer o diagnóstico dos principais problemas de saúde pública de Minas Gerais e, sobretudo, apontarmos as soluções para a superação dos problemas atuais e das ameaças futuras”, completou o coordenador.

Karina Maia, referência técnica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES-MG, falou sobre os objetivos do evento. “A pauta de inovação já vem crescendo há uma década, principalmente no setor público da saúde. Então, pensamos neste encontro entre SES-MG e Fiocruz Minas para buscar solucionar algumas dessas questões que já levantamos internamente, a fim de criar uma cultura de inovação na Vigilância em Saúde”, explicou.

O subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Fabiano dos Anjos, também esteve presente no evento e ressaltou a relevância de discutir as inovações no Sistema Único de Saúde (SUS). “Nosso objetivo aqui é debater as tecnologias e novas ferramentas para proporcionar uma melhor qualidade do serviço prestado pelo SUS a toda a população”, afirmou o subsecretário.

Tecnologista do Ministério da Saúde e referência técnica da Fiocruz Minas, Tatiana Mingote, reiterou o compromisso da instituição com as demandas mineiras. “Como produto deste evento, vamos direcionar todas as necessidades e todas as demandas que forem levantadas pelos participantes, pelos representantes regionais e pela Prefeitura de Belo Horizonte, e vamos fazer um edital específico para os pesquisadores do Instituto René Rachou, pensando na expertise e na atuação da instituição frente a essas necessidades do estado”, concluiu.

No primeiro dia de evento nesta quarta-feira (22/11), pesquisadores da Fiocruz Minas apresentaram alguns trabalhos desenvolvidos na área: Vigilância de Reservatórios e Vetores de Leishmaniose; Diagnóstico e Tratamento de Leishmaniose; Vigilância Genômica de Arbovírus; Ferramentas de Análises de Dados em Saúde; Diagnóstico de Arboviroses; e Vigilância Entomológica na Doença de Chagas.

Já no segundo dia, os participantes serão divididos em cinco grupos para a realização da Oficina de Prioridades da Vigilância em Saúde. Cada grupo irá para uma sala, e receberá uma planilha contendo uma matriz de problemas que foi construída com base nas apresentações enviadas pelos participantes no mês que antecedeu o evento. Nessas apresentações, cada setor levantou questões e problemas que acreditam ser plausíveis de resolução por meio dos serviços de pesquisa ofertados pela Fiocruz Minas.

Durante a oficina, cada grupo deverá classificar os problemas com valores de 1 a 5 para as categorias de Gravidade, Urgência e Tendência. A partir daqueles priorizados pelos grupos, a Fiocruz Minas vai criar um banco de projetos e abrirá um edital no início de 2024 para financiar o desenvolvimento de pesquisas relacionadas aos principais problemas elencados.



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