Hospital Júlia Kubitscheck normatiza técnica que melhora oxigenação em pacientes com covid-19

Pronação tem ajudado adultos que estão em ventilação espontânea ou invasiva e apresentam dificuldade para respirar

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Divulgação / Fhemig

O Hospital Júlia Kubstichek (HJK), unidade da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) em Belo Horizonte, lançou um protocolo com o objetivo de normatizar a Posição Prona, técnica que vem sendo utilizada no tratamento da insuficiência respiratória aguda causada por covid-19. A Posição Prona, que há muito tempo já é adotada para tratar doentes críticos que evoluem para a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), passou a ser aplicada em pacientes com coronavírus e vem apresentando bons resultados.

A fisioterapeuta pneumofuncional Viviane Antunes dos Reis explica que o procedimento consiste em formar um envelope em volta do paciente, utilizando dois lençóis, e realizar a manobra de forma que ele fique posicionado de barriga para baixo e o tubo de ventilação permaneça livre.

Para a utilização da técnica são necessários cuidados adicionais, o que requer uma equipe qualificada, geralmente composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Cada membro fica responsável por conferir suas atribuições antes, durante e após o procedimento, que dura de 16h a 24h.

Cuidados

De acordo com a fisioterapeuta respiratória do HJK Érika Pereira Inácio, o protocolo orienta a prática segura da pronação em pacientes adultos que estão em ventilação espontânea ou invasiva, com suspeita ou confirmação de covid-19. “A posição prona favorece a homogeneização da ventilação pulmonar, melhorando o equilíbrio entre a ventilação e a perfusão dos pulmões e o débito cardíaco. O resultado é uma oxigenação melhor e uma diminuição na taxa de mortalidade”, afirma.

O Procedimento Sistêmico (PRS) faz parte de uma série de protocolos que será lançada pelo HJK com o objetivo de padronizar as condutas do novo CTI, inaugurado em janeiro. “Normatizando as ações, damos mais segurança aos profissionais na hora de realizar as manobras”, explica Érika Inácio.



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