Cinco hospitais públicos mineiros estão em projeto nacional de reestruturação

Ação tem como foco promover melhorias nos processos assistenciais, administrativos e gerenciais dos hospitais do SUS

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O projeto de Reestruturação de Hospitais Públicos (RHP) do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), biênio 2021-2022, dará assistência e suporte a cinco hospitais em Minas Gerais, sendo um deles na capital e os outros quatro em Montes Claros, no Norte de Minas. O Hospital Universitário Clemente Faria, da Unimontes, e o Hospital João XXIII (HJXXIII), da Rede Fhemig, estão entre os selecionados.

O projeto destaca a importância da aprendizagem como ambiente para promoção de práticas inovadoras e de disseminação da cultura organizacional, por meio de ferramentas sistematizadas e implantação de normas e políticas. O objetivo é desenvolver ações que melhorem os processos assistenciais, administrativos e gerenciais dos hospitais do SUS - com enfoque na avaliação, auditoria e no monitoramento contínuo de processos. Busca, ainda, a redução de custos, a partir do gerenciamento consciente dos recursos humanos e materiais. 

HJXXIII

Em Belo Horizonte, a visita de apresentação e avaliação do HJXXIII foi feita nesta semana, com a vinda de equipe do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e de representantes do Ministério da Saúde. 

No João XXIII, o foco do projeto serão os processos de trabalho associados ao paciente cirúrgico adulto. A unidade vai receber visitas frequentes da equipe do HAOC, que será responsável pela realização de oficinas de capacitação e cursos a distância, voltados para a otimização da assistência e para uma distribuição mais racional dos recursos disponíveis, contribuindo para a melhoria da qualidade do cuidado oferecido e para a redução de desperdícios.
 
“Esta modernização e otimização dos processos de trabalhos ligados à assistência e com foco no paciente são de grande importância para a consolidação do Complexo Hospitalar de Urgência. Além disso, contribuem muito para a padronização da rotina e para a redução de riscos aos pacientes,  familiares e trabalhadores da saúde”, afirma o diretor do Complexo Hospitalar de Urgência da Fhemig, Fabrício Giarola Oliveira. 
  
Segundo a anestesista Luciana Cota, o projeto vai avaliar todo o processo que envolve as cirurgias da unidade e orientar as equipes sobre os fluxos para otimização dos recursos físicos e humanos. “O João XXIII presta um importante serviço de atendimento ao politrauma. No entanto, temos o grande desafio de conciliar os atendimentos de urgência e emergência com o atendimento realizado durante o período de internação, que inclui uma média de 600 cirurgias por mês. Os dois são de grande importância, já que o giro dos leitos depende dessa sintonia. Participar do projeto vai nos ajudar a melhorar essa logística”. 
 
Para isso, nos próximos meses, a equipe do hospital envolvida no projeto vai realizar um diagnóstico e elaborar os planos de ação referentes aos processos incluídos no cuidado do paciente cirúrgico adulto, abrangendo os mais variados setores hospitalares. 

“Toda a equipe do HJXXIII está animada e comprometida com o sucesso do projeto. O maior beneficiado será o paciente, que vai receber um atendimento ainda mais seguro e de qualidade”, afirma a coordenadora do Núcleo de Risco, Márcia Cristina da Silva. 

Montes Claros
 
O Hospital Universitário Clemente Faria, da Unimontes, é um dos quatro de Montes Claros a fazer parte da lista de unidades hospitalares mineiras selecionadas.

O diretor administrativo do HUCF, Paulo Henrique Machado Ovídio, destaca a participação da instituição no projeto e reforça que a sua escolha é um grande ganho e salto positivo na assistência aos usuários do SUS.
 
“Somos o único hospital público com atendimento 100% gratuito de Montes Claros. A participação neste importante projeto, que conta com outros quatro hospitais do estado, reforça o compromisso do HUCF com a qualidade na assistência. Estamos sempre em busca de processos de melhorias seja na parte administrativa, seja na assistencial”, finaliza.



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