Governador participa da abertura do XII Seminário Internacional da Rede de Gestão de Resultados em Governos

Evento já sediado em países como Honduras, México e Argentina acontece pela primeira vez no Brasil

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O governador Romeu Zema participou nesta terça-feira (3/12), em Belo Horizonte, da abertura do XII Seminário Internacional da Rede de Gestão de Resultados em Governos Subnacionais da América Latina e Caribe. O encontro, que acontece pela primeira vez no Brasil e termina nesta quarta-feira (4/12), é uma parceria entre a Fundação João Pinheiro (FJP) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e visa incentivar o diálogo e análise de práticas governamentais inovadoras, além de discutir temas como planejamento de programas e projetos.

O seminário já aconteceu em países como Honduras, México, Argentina, entre outros, e é sempre realizado pelo governo anfitrião. No caso do Brasil, o Governo do Estado, junto com a Fundação João Pinheiro, viabilizou o evento, uma vez que Minas vem implementando ações de capacitação de servidores do médio e alto escalão para a gestão de resultados.

Durante a abertura, o governador ressaltou a responsabilidade de um gestor público. “A responsabilidade é muito maior que a de um gestor privado. Quando a gestão de um Estado falha, as consequências são muito mais graves, você condena um povo a viver mal. Nosso zelo com a gestão pública tem que ser muito maior”, afirmou. “As ferramentas de gestão são fundamentais e estamos implementando em nosso governo. Reduzimos o secretariado, trouxe para trabalhar no meu governo as melhores pessoas possíveis, que passaram por processo de seleção. Isso me faz abençoado, porque seria impossível com um time que não fosse bom”, completou.

Ainda segundo Romeu Zema, em Minas Gerais, com as ferramentas de gestão e o zelo com os recursos públicos, tem sido possível alcançar importantes resultados. “Estou otimista com o que estamos fazendo. Estamos atingindo importantes resultados, como os menores índices de criminalidade dos últimos anos devido às forças de segurança estarem trabalhando de forma conjunta. Criamos 124 mil postos de trabalho formais neste ano, o que não acontecia há anos no Estado”, destacou.

A presidente da Rede de Governos Subnacionais, Mônica Ballescá Ramírez, ressaltou que, neste momento de conflitos em países da América Latina, a troca de informações e conhecimento entre gestores é ainda mais importante. 

“Vivemos tempos complexos. O desafio, sem dúvidas, é muito grande, para conseguirmos gerenciar recursos e devolver serviços à população. Exige muito bom senso, ética e experiência, uma qualificação técnica voltada para resultados. Por isso, essa rede de governos aqui reunida é muito importante, para trabalharmos de forma colaborativa”, disse.

Gestão

A programação do seminário é voltada a especialistas, gestores e técnicos do poder público e inclui oficinas e sessões temáticas que serão apresentadas por representantes de governos estaduais e municipais da América Latina e do Caribe, para estimular troca de experiências e compartilhamento de boas práticas de gestão.

O secretário executivo da Comunidade de Profissionais e Especialistas da América Latina e do Caribe em Gestão para Resultados, que integra o BID, Roberto García López, pontuou a importância do envolvimento dos funcionários públicos nessa mudança de cultura na gestão. “É importante ouvir esses profissionais que estão na ponta para entender os reais problemas e demandas. Temos hoje 1,5 mil sócios e 40% deles são funcionários públicos”. 

Na avaliação do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, a criação de metas para otimizar a aplicação de recursos em Minas Gerais foi um passo fundamental dado pelo atual governo. “O Estado passa por uma situação complicada. Definimos 31 metas que serão acompanhadas de perto pelo governador e secretariado ao longo dos próximos meses, para identificarmos quais políticas públicas vão ao encontro do resultado proposto. Assim, podemos aproveitar melhor os recursos. Em época de escassez, a eficiência se faz ainda mais necessária”, enfatizou.  

O presidente da Fundação João Pinheiro, Helger Marra Lopes, salientou a presença de líderes de diversas partes do Brasil e do mundo no evento. “Temos aqui representantes de vários países, como Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Paraguai, além de representantes de vários estados brasileiros. Essa pluralidade é muito importante para as conexões que viemos fazer aqui. Essa troca nos torna mais preparados para os desafios que vêm pela frente”, concluiu. 



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