Governador de Minas defende reformas estruturais no Conexão Empresarial

Necessidade de uniformização tributária entre estados e alterações na atual proposta de mudança dos impostos foram alguns dos tópicos abordados em palestra do chefe do Executivo

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O governador Romeu Zema foi um dos palestrantes desta sexta-feira (30/6) no Conexão Empresarial, realizado Grande Hotel Termas de Araxá, no Alto Paranaíba. Com o tema “O que esperar da nova política no Brasil?”, Zema enalteceu as reformas adotadas nas últimas décadas para aprimorar a economia do país, ressaltou a importância de se evitar retrocessos e avaliou a reforma tributária que está sendo analisada pelo Congresso Nacional.

“A reforma é necessária, mas não nos moldes em que está lá”, afirmou o governador, que vê como necessário simplificar a tributação e uniformizar os impostos, a fim de evitar as guerras fiscais entre os estados brasileiros. “Se bem conduzida, essa reforma vai corrigir um dos maiores problemas que temos no Brasil, que é uma tributação extremamente complexa e que causa insegurança e custos gigantescos para o setor privado”, ponderou.

O chefe do Executivo estadual criticou, por outro lado, ferramentas da proposta em tramitação, como o Fundo de Transição, fundos de desenvolvimento regionais que não contemplam estados do Sul e do Sudeste, e o peso dado às unidades federativas dentro do Conselho Tributário pretendido.

“Essa reforma, apesar de meritória, precisa ser revista em muitos pontos porque está demandando um recurso gigantesco de um Governo Federal que não tem esse recurso, e é uma mudança que esquece os principais estados produtores do Brasil, do Sul e do Sudeste, onde residem mais de 55% dos brasileiros, segundo o Censo divulgado nesta semana”, afirmou.

Zema ainda fez uma retrospectiva sobre as últimas décadas no contexto político-econômico do Brasil, ressaltando mudanças estruturais que deram certo, como o Plano Real, que “acabou com a inflação e passamos a ter uma moeda relativamente confiável, que até então não tínhamos, e fazer qualquer planejamento no Brasil era impossível, com inflação de até 80% ao mês”.

Segundo o governador, é justamente para conter a inflação que outro avanço econômico deve ser preservado: a independência do Banco Central do Brasil, que tem sido criticada pela União. O papel da autarquia como zeladora da moeda, destacou ele, foi uma conquista, assim como a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Marco do Saneamento, o Teto de Gastos, as privatizações e as recentes reformas trabalhista (2017) e previdenciária (2019).

“Inflação é o imposto mais injusto que existe porque afeta principalmente o assalariado de baixa renda, que não tem como se defender”, disse. 

Tapira

Ainda na região, o governador de Minas Gerais vistoriou o recém-reformado Centro de Saúde Municipal Sebastião Vieira Pontes, em Tapira. Ele foi acompanhado pela prefeita Maura Assunção de Melo Pontes ao verificar novas instalações, como uma sala para atendimento emergencial ao paciente em estado grave, salas para exame de raio-x e para parto, além de um laboratório.

Zema também participou, na cidade, de encontro com os prefeitos de Sacramento, Wesley de Santi de Melo, e de Pratinha, John Wercollis de Morais. Na ocasião, foram abordadas as prioridades do segundo mandato à frente do Governo de Minas, como a adoção da energia trifásica em todas as propriedades rurais do estado e a recuperação das estradas mineiras.



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