Fapemig assina parceria com Serrapilheira para projetos de alto risco

Ao todo, foram selecionados 32 pesquisadores para receberem R$ 22 milhões. Em Minas Gerais, 5 pesquisadores receberão o financiamento, totalizando R$ 3 milhões

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e o Instituto Serrapilheira firmaram parceria para o financiamento de projetos de pesquisa ousados e arriscados. Eles foram selecionados pela 6ª chamada pública de apoio à ciência do Serrapilheira, focada em pesquisadores que propusessem grandes perguntas nas áreas de ciências naturais (Física, Química, Geociências e Ciências da Vida), Matemática e Ciência da Computação.

A iniciativa decorre de uma parceria entre o Serrapilheira, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e as FAPs de alguns estados e se dá por meio de cofinanciamento. Nessa quarta-feira (27/9), foi publicado no Diário Oficial do Estado o extrato da parceria firmada com a Fapemig com o objetivo de estabelecer as condições para a colaboração.

Ao todo, foram selecionados 32 pesquisadores para receberem R$ 22 milhões. Em Minas Gerais, cinco pesquisadores receberão o financiamento, totalizando R$ 3 milhões. “A parceria com o Serrapilheira é de grande valia, já que, além de termos como um objetivo comum o apoio e fomento a projetos de natureza científica, o Instituto também busca projetos originais e ousados, trazendo o risco como parte do avanço da ciência”, declarou a chefe do Departamento de Parcerias Públicas (DPP), Caroline Pimentel.

Dos recursos disponibilizados na 6ª chamada do Serrapilheira, cerca de R$ 3,2 milhões serão destinados ao chamado “bônus da diversidade”, a ser investido na formação e integração de pessoas de grupos sub-representados nas atividades de pesquisa. A distribuição dos valores varia conforme alguns critérios, como o uso dos recursos, e está sendo avaliada caso a caso com cada FAP.

“Através deste Acordo de Parceria, criaremos condições necessárias para que os jovens cientistas mineiros desenvolvam suas pesquisas contando com recursos financeiros, autonomia de escolha de projeto e flexibilidade de gerenciamento. Esperamos que os beneficiados alcancem excelência em suas pesquisas e ofereçam grandes contribuições às suas áreas de atuação”, destaca Pimentel.

Os cientistas selecionados

Os pré-requisitos para concorrer ao financiamento oferecido pelas agências incluía possuir vínculo permanente com alguma instituição de pesquisa no Brasil e ter concluído o doutorado entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2020 – prazo estendido em até dois anos para mulheres com filhos. A 6ª chamada valorizou especialmente projetos de pesquisa arriscados, e pedia que os candidatos detalhassem como suas escolhas poderiam dar errado e o que eles pretendiam fazer caso isso ocorresse. A premissa é a de que a ciência avança mais quando assume riscos.

Os contemplados vão receber entre R$ 200 mil e R$ 700 mil, a serem usados durante cinco anos. Eles também terão acesso a recursos extras – até 30% do grant recebido – para investir como bônus da diversidade.



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